Bem-vindo, Gregório!!!


Essa postarem estava esperando para ser escrita há dias, mas você, bichinho preguiça, brincou com a gente desde o começo! :D

Primeiro foi resolver vir menino numa família dominada pelas mulheres. Depois, a previsão de nascer até 24 de junho nos botou em alerta desde o mês de abril. Claro! Era a quarta tentativa de fazer uma criança nascer em maio... as três primeiras, eu, tia Samara e sua mãe não curtimos a ideia e nascemos antes. Será que você daria conta de esperar? o.O

Aí em abril começou a dar uns sinais... mas saiu do signo de áries, domínio nosso, para o de touro. Deixou terminar abril... uau! Será que vem em maio mesmo??? O mês foi passando, os sinais acentuando, mas nada de se decidir. Passou o signo de touro também e entramos em gêmeos, mas ainda assim nada de aparecer. O tal dia 24 da primeira previsão passou batido, nem quis saber. Mas os sinais foram intensificando cada dia mais... até que uma médica resolveu dizer que se não resolvesse sozinho até dia 03 (de JUNHO!) ela iria decidir por você, e nós voltamos a achar que maio não teria moral em casa... :P

Mas esse negócio de decidirem por você não rola, né? Primeiro veio o recado pela tia Cris, uma danada vê tudo antes da gente, que contou que lhe viu com seu biso e sua bisa, e que estava tudo bem. Claro, né? Numa companhia dessas, como não? ;) Aí, você fingiu que aceitava, mas resolveu escapar do quentinho por conta própria e nos brindar com sua presença hoje, 30 de maio! Mais um tabu rompido na família! Quantos mais ainda irá romper? Quantas surpresas irá nos reservar? O tempo dirá isso...

O importante, meu amor, é que chegou cheio de saúde, com 3,370kg espalhados em 49cm de imensa fofurice, deixando mamãe, titia, tia-vó, papai, vovó, todos completamente apaixonados por você! :D

Seja bem-vindo!!! Esse nosso mundinho é  um tanto quanto louco demais, mas você sempre terá a todos nós para he amparar e proteger. Pode confiar!

Que Papai do Céu abençoe sempre sua vida, dando sempre muita saúde, alegria e amor! Porque nós já amamos muito você!!!

Sua tia-vó babona,

Andréa

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Há cinco anos que a saudade só cresce...


Há cinco anos eu vivia meu maior pesadelo... aquilo que mais temia, e que de certa forma adivinhava sem querer acreditar aconteceu. Há cinco anos você seguia seu caminho e ia ao encontro de minha mãe. Há cinco anos precisei começar a me reinventar, tornando-me, de repente, a "cabeça" da família. Há cinco anos, em meio ao turbilhão causado pela enchente do início do ano, somado à dependência química da Thabata, precisei levar à risca o tal "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima".

Não havia tempo para baquear. Não havia tempo para revoltar. Não havia tempo para racionalizar. Não foi nada fácil.  A sua partida repentina me devastou. Abriu um buraco imenso em minha vida, e na vida das meninas também. Não há como negar, a ausência física dói demais, a tristeza é inevitável e imensurável.  :'(

Mas eu não seria filha de Ronaldo e Solange se me permitisse entregar a essa dor sem tamanho. Não teria aprendido a lição de Fé, que sempre me ensinaram, se não fosse à luta imediatamente. Ok... o fato de compreender as leis espirituais ajudaram um bocado, impediram que houvesse revolta, facilitaram a aceitação. Mas também este conhecimento devo a ambos. ;) 

Foi tirando força da força que me ensinaram a ter que superei a dor, que segurei a barra da internação da Thabata, que enfrentei as enchentes no outro ano, que encarei uma mudança de cidade para ser promovida no banco, que tenho pautado todas as decisões de minha vida. Só espero não os estar decepcionando! ;)

Sabe, pai? Ainda hoje me pego querendo falar com você. Querendo ligar, pedir opinião, ouvir sua voz. Querendo um abraço como este da foto. Essa falta de contato é que maltrata. A saudade, nestes cinco anos, só fez crescer. A gente "acostuma", é verdade. Conforme passa o tempo, a saudade vai ficando mais "leve". Mas determinados momentos tudo é reavivado, e a "ficha" volta a cair como se tivesse acabado de acontecer. Como há algum tempo que cheguei em casa e pensei "que bom que cheguei cedo, posso ligar para o meu pai"... :( É... nesse dia desabei legal. Mas é que a saudade é grande demais, sabe?

Só que o dia hoje não é de tristeza, porque foi o dia em que alcançou aquilo que almejou por dez anos. O dia que reencontrou seu grande amor. O dia que se libertou de uma doença, que não sabemos ao certo o que era, mas que vinha lhe maltratando e podia maltratar ainda mais. O dia do seu REnascimento, na sua verdadeira morada. E é por ter certeza de que está bem, e que está feliz, que eu agradeço diariamente por ter ido da forma como foi. Rápido, sem grandes sofrimentos, em paz. Você merecia isso. Era É um grande sujeito. E eu AMO VOCÊ, com uma intensidade absurda. A saudade? Essa permanece, claro. E cresce, diariamente. Mas eu sei que é temporário, e em algum momento iremos nos reencontrar e dar muitos abraços, ainda mais felizes do que o desta foto aí. (e depois você vai apanhar um bocado por ter me deixado aqui tão cedo, viu??? :P )

Para festejar sua data, vou finalizar com um texto seu, que faz tempo que não publico, né?

"Nunca se esqueça, nem um segundo, que eu tenho o amor maior do mundo... como é grande o meu amor por você!"

Beijos, paizinho! AMO, AMO, AMO, AMO, AMO muito você!!!

Andréa

COMO SOMOS PEQUENOS...
(Ronaldo Tikhomiroff)

Desde o dia em que o homem percebeu sua superioridade sobre os demais companheiros da Natureza, fruto de uma capacidade de raciocínio inexistente em outras espécies, começou a cavar sua própria desgraça. Ao se sentir superior aos demais, ele se intitulou o senhor da Terra e a destruiu. Trouxe o extermínio de espécimes que aqui viviam sem incomodá-lo, trouxe a devastação das matas que só lhe ofereciam as condições mínimas de sobrevivência, trouxe a demarcação das terras a nós cedidas por Vontade Superior...e com isso, as guerras.

Não satisfeito, criou o dinheiro e distorceu sua finalidade. Da praticidade da moeda, surgiram a ganância, a corrupção, a extorsão, o roubo e o domínio dos mais ricos sobre os “menos favorecidos”. Apesar de todos serem frutos de uma mesma origem, o homem inventou o “sangue azul” e, com isso, criou as “famílias reais” que passaram a ser adoradas pelos chamados plebeus, na verdade gente da mesma espécie humana daqueles sanguessugas. Esqueceu-se de tudo aquilo que compunha, na verdade, sua essência. Esqueceu-se de amar o próximo e a si mesmo. Tornou-se um ser danoso a todas as espécies vivas, a toda a Natureza e...com toda sua inteligência...danoso à sua própria sobrevivência.

Ao tomar conhecimento das conseqüências da crise no nosso sistema de saúde, com greves paralisando hospitais, com doentes implorando por assistência médica, deitados no chão frio dos corredores de hospitais, chego a me envergonhar de minha condição de ser humano, de certa forma parceiro desses que demonstram um total desprezo pela vida humana. A que ponto chegou o ser humano, principalmente aquele que, pelo menos nas aparências, abraça uma profissão para ajudar a aplacar o sofrimento de seus semelhantes. Vira-lhes as costas pelo mais vil dos motivos: o dinheiro. Aquele mesmo dinheiro que levou Cristo ao sacrifício da cruz.

Como pode dormir sossegado um médico que se recusa a atender seus irmãos que sofrem, simplesmente porque não poderá somar um pouco mais a seu patrimônio? Como pode alguém usar a vida humana, não a sua, para barganhar um aumento salarial ou melhores condições de trabalho? Mesmo que a falta deste aumento signifique provações para si e sua família, certamente não pode ser trocado pelas vidas humanas que deveriam estar sob seus cuidados. Seus motivos, em princípio justos, deixam de existir, face à barbaridade infringida a seus semelhantes, que nele depositam suas próprias vidas.

Se a estrutura governamental não consegue, ou não se propõe a resolver o problema da saúde, é justo tal conta ser paga com a vida de pessoas que sequer contribuíram para tal problema? Da mesma forma que a atitude dos governantes é deplorável, também o é a daqueles que, por obrigação moral, pelo menos, deveriam estar nas frentes de batalha, socorrendo com muito amor a todos que deles necessitam. O que está faltando é exatamente isto:  AMOR!

Quantos indivíduos, que nada fazem de útil na vida, seja por se encontrar em posição financeira elevada, seja por vagabundagem, estão tomando conhecimento da situação caótica da saúde e sequer movem um dedo para tentar aplacar o sofrimento dos mais carentes? Como pode o sistema governamental falar em telefonia celular ou casa informatizada em um país onde os cidadãos são submetidos a situações humilhantes e degradantes por falta de lençóis nos hospitais? quantos lençóis a “socialite”, que nada faz na vida senão “badalar”, costuma usar para dormir? onde está o amor ao próximo? onde está a dignidade humana? quando o homem vai acordar e se tornar grande perante seu Criador?

Após resolvida a greve irresponsável na saúde, sejam quais forem os resultados, quem será o responsável pelas mortes e lesões irreversíveis dos inocentes que ficaram perambulando, implorando um atendimento médico? será você, DOUTOR? ou será melhor você rasgar seu diploma e se dedicar a trinchar carne em um matadouro? afinal, que diferença existe? se hoje você ocupa uma posição privilegiada na sociedade, esteja certo que sua prestação de contas perante o Pai não será diferente da de todos os seus irmãos que hoje você ignora. Porém você terá uma grande surpresa: será julgado com todo o amor que hoje você negou a seus semelhantes. Isto não é uma ameaça. É uma certeza irreversível.

Este é mais um momento para refletirmos. De nada adianta nossa indignação pelos fatos que ocorrem em nossa volta se não procurarmos crescer. É no crescimento interior do ser humano que reside a cura para os males criados pelo próprio homem. De nada vale criticarmos os fracos de espírito, se viramos as costas para aqueles que precisam de nosso auxílio. Pois são os fracos de espírito os que mais necessitam de auxílio.

Na atual conjuntura mundial, onde a degradação do ser humano se evidencia a cada instante e em cada rincão da Terra, é necessário, é urgente que todos aqueles que possuam um mínimo de discernimento sobre seu papel, sobre seus deveres enquanto ser humano, reconheçam os erros e procurem minimizar a miséria humana. Aqueles que possuem o privilégio de reconhecer seus próprios erros, de tentar corrigi-los a cada queda, se tornam grandes perante os infelizes que sequer enxergam a razão de sua própria existência e que precisam de luz para, pelo menos, saberem onde estão pisando e para onde estão se dirigindo.

É essencial que o homem do final do século XX reconheça quanto é pequeno em suas atitudes e que, através do caminho interno, buscando sua essência, procure crescer e se tornar digno de seu Criador.

A tempo: mais uma criancinha morreu por falta de atendimento médico na rede pública...Que Deus perdoe os fracos de espírito!

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