Festa no Céu!!!

Há exatos 43 anos a cidade do Rio de Janeiro testemunhava a celebração do grande amor entre dois jovens. Amor forte, intenso, indestrutível. Almas gêmeas de fato, que haviam se encontrado cinco anos antes e estavam, a partir dali, mostrando a todos que pretendiam construir uma família juntos.

E foi o que fizeram. Tiveram duas filhas, duas netas... passaram algumas dificuldades, mas muitas alegrias também. Aliás, estas sempre prevaleceram, porque as dificuldades não eram nada frente à cumplicidade, à união, ao amor entre eles.

De repente, por motivos que só se explicam em planos superiores, o casal já não tão jovem, precisou se separar. Ela precisou partir... e partiu, sem avisar, deixando despedaçado o coração de seu grande amor.

Ele lutou, arduamente, para se refazer. Tentou mais de uma vez se ligar a novas companheiras de jornada. Mas a verdade é que ele esperava, dia após dia, reencontrar sua alma gêmea...

E então, prestes a comemorar dez anos da partida dela, ele percebeu que era chegada a hora. Já haviam ficado tempo demais separados, era hora de se reencontrarem! E, também sem avisar, partiu ao seu encontro...

A festa foi grande, certamente. Mas ainda maior é a festa que está acontecendo hoje! Afinal, depois de dez anos eles estão podendo, novamente, comemorar a celebração de seu amor juntos!

Parabéns, pai! Parabéns, mãe! Comemorem, comemorem muito, porque há muito tempo não podiam fazer isso e vocês mais que merecem toda a alegria do mundo!!! Amo MUITO vocês! MUITO, MUITO, MUITO!!!

Andréa

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Casa com cara de casa

A data do scrap é 15 de março, época em que a reforma da casa se aproximava do fim. Na verdade, faltava só a parte do quarto das meninas e, claro, arrumar tudo! Era para estar tudo pronto há bem mais tempo, mas como sabem, no meio do caminho teve meu pai... e naquele mês que ele ficou adoentado, em recuperação, eu larguei tudo de mão mesmo! Depois, com a partida dele, custei um pouco a conseguir colocar a mão na massa de novo. Normal, é óbvio... ainda passei no último mês por uns entreveros por aqui, que graças a Deus estão solucionados. E agora, afinal, eu tenho de novo uma casa... uma casa com cara de casa!!! :D

As fotos estão aqui, para não pesar demais o post. Lógico que ainda faltam algumas coisas, fotos, cds, nem comecei a mexer ainda. Vai levar tempo e dar um bocado de trabalho! Mas o principal está arrumado, e posso dizer novamente que tenho uma CASA. E se eu pude sair disso aqui:

Para isto aqui:


Eu devo agradecer a cada um dos amigos que me apoiou, ajudou com palavras de força e carinho, outros que puderam ajudar financeiramente e, claro, devo agradecer por isso ter acontecido quando já estava trabalhando no Banco do Brasil, pois sem o seu programa de auxílio seria impossível me reerguer, por maiores que tenham sido os auxílios recebidos dos amigos.

Agradeço, também, por ter tido meu pai ao meu lado durante a fase mais difícil, por ele ter aguentado meu choro, meu desespero inicial... por ter corrido atrás de soluções quando algo enroscava... por ter sido, mais uma vez, meu "Severino quebra-galho"... ai... que eu só queria que ele estivesse aqui para comemorar comigo, para ficar feliz comigo... falta ele para minha felicidade ser completa, viu?

Tudo bem, eu sei que ele está ao meu lado, que está feliz... não só ele como também minha mãe, mas é diferente, poxa! Eles fazem muita falta aqui, fisicamente... faz falta a voz, o toque, as brincadeiras... por mais que eu entenda, por mais que saiba que eles estão bem, que estão felizes, a falta que sinto é muito grande...

Mas hoje é dia de comemorar! Afinal, depois do susto, do choque de encontrar minha casa devastada pela enchente, é confortador chegar e encontrar tudo arrumado, limpo, cheiroso... é bom demais! :D

Antes que perguntem: não, não estou segura de todo aqui, o que aconteceu em janeiro pode se repetir. Mas a casa é minha, então eu precisaria vender essa para comprar outra, e para isso ser possível eu teria que ter uma reserva financeira para poder bancar a diferença, e eu não tenho.

Eu tinha planos, antes da enchente, de fazer um consórcio onde iria pagando por mês e daria um lance quando vendesse esta para pegar a carta de crédito e comprar outra. Só que eu não contava com tudo o que aconteceu, né? A verba do banco precisa ser paga, ainda que seja sem juros, e é uma parcela mensal com a qual não contava. Além disso, tive despesas extras com meu pai, com as quais também não estava contando. Complicou tudo! :(

Então, agora tenho é que rezar. Tanto para que o rio não encha mais, quanto para conseguir uma graninha extra... Alguém aí sabe os números da próxima Mega Sena? :) Fora de brincadeira, sei que só saindo daqui vou ter paz... hoje mesmo começou a chover forte, meu coração já ficou apertado! Levantei várias vezes para ver se estava tudo bem, na frente, nos fundos... porque o trauma existe, não há como negar!

Mas eu tenho Fé... e sei que se passei por tantas provas, e acho que passei relativamente bem por elas, em algum momento vai chegar algo muito bom também! Ajudem na torcida, please! ;)

Vamos ver se agora, com as coisas mais serenas, consigo finalmente voltar ao ritmo das postagens... prometo, ao menos, tentar!

Andréa

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10 anos...

Hoje (10 de junho) faz dez anos que minha mãe retornou à sua verdadeira Morada... lembro-me ainda, como se fosse hoje, do susto que nos causou. Não estava doente, tinha apenas uma tosse irritante, igual à que tinha todos os anos nesta época. Tosse alérgica, devido ao tempo seco. Chegamos, mais uma vez, a perguntar se não queria ir a um médico, mas ela já estava tão acostumada a ter aquilo sempre que nem pensou a sério no assunto.

Adiantaria ter pensado? Duvido muito. Era chegada a hora, simplesmente. Minha mãe se preparou a vida inteira, sempre teve um lado espiritual fortíssimo, estava pronta para seguir caminho e ajudar em outros planos nos tempos difíceis que o planeta havia de enfrentar dali por diante. E é sempre assim, não é? Os bons vão na frente quando reforços são necessários lá em cima... duro é para quem fica!

Depois, quando a ficha começou a cair, percebi que ela fez de tudo para nos preparar. Chegou a dividir as tarefas que ela costumava fazer entre nós! E foi em paz... como não podia deixar de ser. De forma suave, sem deixar dúvidas, sem dar tempo a internações, entubações, ou coisa que o valha. Foi "como um passarinho", não é assim que dizem?

Percebi ainda, algum tempo depois, como muito havia sido revelado a ela mesma em sonhos. Sonhos que ela lembrava ao acordar, que contava a nós sem entender bem o significado. Porque o significado não era imediato, era para mais adiante. Ela viveu, de fato, tudo aquilo que lhe foi mostrado em sonho alguns anos depois. Tenho certeza disso.

Não foram fáceis estes anos. Minha mãe era uma presença muito forte em nossas vidas, o pilar mestre da casa, e ficar sem a presença física dela foi algo muito complicado. Para mim, perdi a companheira que tinha para tudo, éramos muito ligadas. Meu pai, a companheira da vida toda. As meninas, a avó-mãe, que tudo segurava. Mas aos poucos, unindo forças, um apoiando o outro, fomos reaprendendo a caminhar.

Eu e meu pai nos tornamos unha e carne, inseparáveis. Ele teve vários relacionamentos nesse período, não sabia mesmo viver sozinho (e minha mãe cantou essa bola bem antes de partir), mas mesmo assim nos falávamos várias vezes ao dia, continuamos a dividir tudo, alegrias e preocupações, sem segredos um com o outro. Éramos os dois contra o mundo!

E, de repente, ele resolve que a saudade de sua Solange já doía demais, já tinha durado demais, e que este aniversário de dez anos era para comemorarem juntos! Adoeceu, meio que para nos preparar, mas ao mesmo tempo para limpar as últimas "sujeirinhas" que sua alma ainda carregava. Nos fez ver, por mais confiantes que estivéssemos em sua recuperação, que nada era definitivo. Que podíamos, ainda que fosse difícil, não contar com sua ajuda o tempo todo. Simples assim... ele se arrumou todo, passou a última noite aqui em casa, despediu-se de mim e das meninas, esperou ficar sozinho com a Samara, e partiu. Fácil? Nem um pouco. Mas já falei sobre isso nos posts do último mês, né?

Eu tenho muita sorte, sabem? Fui presenteada com pais maravilhosos, espíritos de pura luz, almas gêmeas que aqui se uniram e se dispuseram a me receber, orientar, educar, mostrar o caminho correto. Eles me ensinaram que Fé não é algo que tenha "senões", ou se acredita ou não se acredita que Deus sabe o que faz e que nos destina exatamente o que é melhor para nós sempre. Eu sei disso.

Por isso não me revolto, ao contrário. Apesar da saudade que sinto, imensa, doída, fico feliz de saber que eles estão juntos novamente. E bem, em paz e, principalmente, felizes, como eu sempre quis que estivessem. Tudo bem, que eu queria, na verdade, que eles estivessem juntos, bem, em paz, felizes, AQUI... comigo, com as meninas... AQUI fisicamente, e não em outro plano, óbvio! Mas nem tudo é como queremos, né? ;)

Agradeço, a cada dia, a sorte de ter os dois como pais. E de ter os dois perto de mim, ainda que não os veja mais. E de ter os dois partido sem sofrimento, porque isso foi bom para eles e para mim também, que não gostaria de vê-los sofrer.

Mas a saudade fica... e não há como fingir que não existe. Não há como esquecer estas datas, como se elas não existissem. Ao contrário. Se 14 de janeiro era comemorado o aniversário de minha mãe aqui, em 10 de junho temos mais é que comemorar o anivesário de minha mãe lá! E, festeira como ela sempre foi, imagino a festa de arromba que está armada... ainda mais com meu pai junto dela! Minha nossa... o céu hoje vai tremer!!! :D

Pois que festejem! Muito, juntos, como há dez anos queriam fazer! Vocês dois merecem isso, merecem toda a luz e toda a alegria desse mundo! AMO MUITO VOCÊS!

(Mas se puderem me deixar ir rapidinho, durante meu sono mesmo, assistir a um pedacinho que seja da festa, não vou reclamar, tá???? Só o tempo de abraçar e beijar vocês muito...)


Andréa
(postado antes da meia-noite porque o sono e o frio estão grandes demais...)

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Um mês...

O scrap é antigo, mas os dizeres são para sempre...

Um mês se passou...
Pouco e muito ao mesmo tempo
Sinto ainda como sonho
Que se acabará a qualquer momento

Tanto medo eu acalentava
Que do assunto sempre fugia
Pensamento, entretanto, alertava
Que em breve você me deixaria

Quando, no entanto, a hora chegou
Eu mesma me surpreendi
Apesar do susto, do impacto, da dor
Com a forma como reagi

Tenho estado bem, até
Melhor do que poderia imaginar
Ainda que a falta continue doer
E eu precise, vira e mexe, chorar

E dói, pai, como dói
Não poder ligar, falar, abraçar...
Esta saudade por vezes corrói
E me faz de novo desabar

Sei que está bem, sem sofrer
Feliz ao lado de minha mãezinha
Que era hora de você aí renascer
E de eu trilhar aqui, sozinha

Não sozinha de fato, é certo
Porque vocês dois olham por mim
Amparam, protegem, de perto
Até nos reencontrarmos por fim

Mas não há como impedir
Que a ausência física doa
Ainda assim já consigo sorrir
A cada lembrança boa

Que me ver feliz, eu sei
E eu serei, pode acreditar
Quero que siga seu caminho em paz
Sem comigo ter de se preocupar

Só não se afaste demais, eu peço
Venha de vez em quando me visitar
Em sonho, em prece, um encontro
Para eu poder de novo lhe abraçar...

Amo você, paizinho... você faz muita falta aqui!

Andréa

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