Uma reflexão sobre Educação


Pensando sobre este blog e em como conseguir mantê-lo mais ativo, resolvi reativar uma antiga ideia. Fornecer dicas, divulgar textos, videos e tudo o mais que considere válido. Nada melhor do que iniciar com este texto, que descobri há algum tempo e que é, simplesmente, perfeito! Deve ser lido por estudantes, pais, professores, coordenadores, diretores, enfim... todos os que têm algum tipo de envolvimento com a Educação. Alguém NÃO tem? ;)

Esse pai conseguiu colocar em palavras muita coisa que sempre pensei, coisas sobre as quais tentei falar, porque a Educação, como um todo tem que ser revista, não é de hoje. A inclusão, da forma como acredito, motivo pelo qual me levou à faculdade e à pós, só será realidade de fato quando isso acontecer. E essa carta nos mostra coisas tão simples, e ao mesmo tempo tão óbvias... como é o fato de que cada criança aprende de um jeito, mas APRENDE, só precisa que lhe deem oportunidade, que lhe desafiem!

Deliciem-se! Eu volto! ;)

Andréa

O texto original está no site Rescola.

"Carta à minha filha: não deixe que a escola te ensine"
(Renato Carvalho)

Clarice querida,
O mundo está mudando rápido. Bem mais rápido que as nossas escolas. Há tantas delas que ainda não perceberam que este mundo internético em que hoje vivemos é radicalmente diferente do mundo desconectado de algumas poucas décadas atrás e que nossa Educação agora pode e precisa ser muito melhor.
Mas é preciso querer ver a necessidade de mudar, e isso demora. Por mais que eu esteja otimista, não acho que os anos que te restam na escola sejam tempo suficiente para essa onda de renovação se espalhar pelo Brasil e chegar à tua sala-de-aula.
Vai ser por pouco… Você é parte da última geração de alunos da escola do passado. Ou seja, alunos de um modelo de educação igualzinho ao que eu tive, e que também foi o mesmo dos teus avós, teus bisavós, teus trisavós…
Mas se não dá para evitar que as manhãs da tua infância sejam gastas em aulas chatas e desestimulantes, você pode pelo menos ficar alerta aos defeitos desse modelo. Assim, enquanto você aproveita o que a escola pode te oferecer de bom, vai conseguir impedir que ela te ensine algumas coisas que a mim custaram muitos anos para desaprender.
Não deixe que a escola te ensine que conhecimentos podem ser compartimentados, separados em caixinhas, isolados uns dos outros.
Na escola do passado, a matemática acaba quando começa a física e a geografia acaba quando começa a história. No mundo, há biologia no esporte, matemática na música, história na literatura, gramática na programação de computadores… Por isso, depois de ver algo de perto, dê sempre um passo para trás, perceba as relações, enxergue o todo.
Não deixe que a escola te ensine que alguns conhecimentos são mais importantes que outros.
Na escola do passado, para cada aula de artes há duas de geografia e para cada uma de geografia há duas de matemática. Música, artes plásticas, esportes, religião, filosofia são tratados como matérias de “segundo time”. Quantos grandes artistas e esportistas foram vistos como maus alunos e forçados a abandonar seus talentos porque o conhecimento que lhes interessava não era o mesmo que interessava à escola! Persiga teus interesses mesmo que eles não interessem a mais ninguém.
Não deixe que a escola te ensine que há um momento específico para aprender cada coisa.
Na escola do passado, quem não consegue acompanhar a turma é tido como um fracassado e quem quer avançar mais rápido é freado, impedido. Ela exige que todos aprendam o mesmo ao mesmo tempo. Mas as pessoas não são todas iguais. Você pode ter mais facilidade que os colegas em um determinado assunto e menos em outro. Não deixe que te empurrem nem que te segurem. Respeite teu próprio ritmo de aprendizado.
Não deixe que a escola te ensine a decorar.
Ao contrário, esqueça tudo que puder. O homem dominou o planeta porque foi capaz de fabricar ferramentas que estenderam os limites das nossas mãos e pés. Agora, fomos ainda mais além e fabricamos ferramentas que estendem os limites do nosso cérebro. Não precisamos mais desperdiça-lo usando-o como um depósito de nomes, datas e fórmulas; hoje podemos aproveitar todo o potencial dele para analisar, criticar e refletir o mundo de informações que podemos acessar com um clique. A Internet é o teu HD, o cérebro é o teu processador.
Não deixe que a escola te ensine a te contentar com pouco.
Na escola do passado, as consequências de tirar nota 10 ou nota 7 são as mesmas. O aluno excelente passa de ano da mesma forma que o mediano, com, no máximo, um elogio da professora. Assim, aos poucos os alunos vão ficando satisfeitos em “passar por média”. Nunca fique contente com a média. Dê teu melhor sempre, em tudo o que fizer (inclusive nesses poucos anos que ainda te restam na escola do passado). No mundo, ao contrário da escola, a excelência faz muita diferença.
Não deixe que a escola te ensine a acreditar que ela é suficiente.
A escola do passado lamentavelmente abdicou da missão de preparar os alunos para o futuro e se limita a tentar prepará-los para o vestibular ou o ENEM. Mas a tua vida produtiva começa exatamente depois desse ponto e para ser bem sucedida nela você precisará de muito mais do que ciências, matemática, português, história e geografia. O futuro vai exigir que você tenha uma boa noção dos teus direitos e deveres para cumprir teu papel de cidadã, conheça um pouco de economia para saber gerenciar teu dinheiro, aprenda sobre empreendedorismo para fazer tuas ideias virarem realidade, tenha consciência global para compreender teu lugar no mundo, domine a Internet enquanto ferramenta de comunicação e muito mais. Há muitos conhecimentos que não estão na escola. Procure-os onde estiverem.
Não deixe que a escola te ensine que provas são capazes de medir a tua capacidade e inteligência.
A história está repleta de gênios que foram tidos como maus alunos. Eles eram considerados incapazes nas suas escolas porque estavam à frente delas e, portanto, não podiam ser medidos pelos seus testes. As provas da escola do passado servem para provar quem está mais adequado ao mundo do passado.
Não deixe que a escola te ensine que você não tem nada a ensinar.
Na escola do passado os alunos são separados em séries de acordo com suas faixas etárias e isso praticamente impede a interação entre idades diferentes. Colegas um pouco mais velhos têm muito a te ensinar e, o que é ainda mais importante, os mais novos têm muito a aprender contigo. E ensinar é a forma mais eficiente de aprender. Quando um professor detém o monopólio do ensino, ele te rouba inúmeras oportunidades de aprender ensinando e ensinar aprendendo.
Não deixe que a escola te ensine que errar é ruim.
Provas fazem isso o tempo todo, sem que os alunos percebam. Do jeito que são feitas, elas servem apenas para apontar e punir nossos erros e desperdiçam a oportunidade de nos ajudar a aprender com eles. O resultado é que aos poucos vamos nos acostumando a não arriscar e a evitar erros a todo custo. Não há nada pior para o aprendizado do que o medo de errar. Erre! Erre de novo! Erre à vontade. Erre quantas vezes forem necessárias até acertar.
Não deixe que a escola te ensine a ser apenas consumidora de ideias.
A escola do passado se limita a ruminar as ideias dos outros. Diariamente, aula após aula, os alunos mastigam, engolem e digerem um enorme cardápio de informações. Não há nenhum espaço para que eles gerem conhecimento, produzam pensamentos, criem ideias, somem. Os alunos são tratados como se fossem incapazes disso e logo se convencem dessa incapacidade. O mundo do futuro é o mundo da troca. Nele, os bem sucedidos não serão os que forem capazes de acumular mais ideias, mas os que forem capazes de distribuir mais. Escreva, desenhe, cante, dance, filme, blogue, fotografe, pinte e borde. Crie, produza, pense, gere, compartilhe.
E o mais importante de tudo, minha filha: não deixe que a escola te ensine que aprender é a mesma coisa que ser ensinado.
Toda criança nasce uma esponjinha de conhecimento ávida para absorver os comos e os porquês de tudo que vê. Essa curiosidade sem fim, essa fome de aprender costuma durar até o exato momento em que ela passa pela porta da sala de aula da primeira série da escola do passado. É nesse momento que as crianças são convencidas que aprender não é experimentar, sentir e sujar as mãos de terra ou tinta, como faziam até agora, mas sim sentar silenciosamente em cadeiras alinhadas e ser ensinado por um professor que é o dono de todo o saber e que decide sozinho a hora de começar e de parar de estudar cada assunto. O aprendizado não vem mais da interação da própria criança com o objeto que ela está conhecendo. Agora, ele é “transferido”. A criança não faz mais perguntas, ouve respostas. A busca do conhecimento não começa mais nas interrogações dos alunos, mas nas afirmações do professor; o estudo não mais se inicia na curiosidade, mas na autoridade. A criança não está mais no comando do seu aprendizado, ela não é mais um sujeito ativo no ato de aprender, é um sujeito passivo do ato de ensinar do professor. Em resumo, a criança não mais aprende, é ensinada. Não abra mão da direção da tua vida. Viver é aprender e você tem autonomia (ou seja, a liberdade e a responsabilidade) para decidir o que aprender e, portanto, como viver. Não a ceda a ninguém.
Se você conseguir impedir a escola de te ensinar essas coisas, vai acabar descobrindo que vida escolar é diferente de vida de aprendizado. E então, terá a vida inteira para desfrutar dessa incrível Era do Conhecimento que está apenas começando.
Te amo.
Teu pai

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A difícil arte da convivência virtual


Há tempos venho pensando neste tema... há alguns anos, nem tão distantes assim, a convivência baseava-se, principalmente, do contato pessoal. Ou seja, você conhecia alguém pessoalmente, e havendo traços em comum, havia a continuidade. E aí a convivência, fosse por telefone, pessoalmente ou por carta (sim, aquela pelo correio) eram as formas de aprofundar as relações. Claro que existiam também as amizades por correspondência, mas estas eram minoria.

Você conhecia as pessoas pelo que elas lhe mostravam, as conversas eram pautadas por interesses comuns, e se algum traço da personalidade do outro não lhe agradasse, você podia restringir, até extinguir o contato ou, o que acontecia frequentemente, você relevava porque entendia que cada um tem seu jeito, sua característica própria, e de mais a mais, se a convivência não era diária, aquilo não chegava a lhe incomodar demais. Era só não tocarem naquele ponto e tudo estava resolvido.

E então chegou a internet e, com ela, as redes sociais, os blogs, a superexposição. Eu confesso que demorei muito para me deixar morder por esse "bichinho danado", mas acabei cedendo ao vício. Primeiro no Orkut (que ainda existe mas está lá, paradinho, paradinho), no Gazzag (alguém lembra desse???), nos grupos do Yahoo, e depois no Facebook. Comecei a encontrar amigos, a reencontrar pessoas que não via há tempos, e num instante estava estabelecendo contato com pessoas que nunca havia visto antes, principalmente por causa dos grupos sobre síndrome de Down. As conversas eram travadas via MSN, com seus emoticons fofos ou engraçados, às vezes apenas entre duas pessoas, às vezes em grupos enormes... como a gente se entendia naquilo??? :D Mas foi aí que comecei a perceber o problema... a linguagem escrita é muito diferente da verbal. Por mais que se faça uso dos emoticons, não existe entonação, não existe a linguagem corporal e, vamos combinar, nem todo mundo escreve ou pontua as frases como deveria! Um texto mal escrito pode descambar para uma desavença séria numa simples clicada em "Enviar". E quanto eu vi disso... quantas amizades eu vi desfeitas por causa de bobagens, por causa de coisinhas pequenas, que numa conversa cara a cara poderiam ser resolvidas facilmente!

Bastava uma mensagem com alguma ironia ser recebida por alguém que não estava "no espírito" para que ela fosse respondida de forma “atravessada”. E daí a se tornar uma discussão, e virar uma briga séria, era um pulo! As pessoas não tinham (e muitos ainda não têm) o hábito de pensar antes de escrever, escrevem no impulso, na emoção do momento, e uma vez enviada a mensagem, adeus. Pode até se arrepender depois, mas desfazer o escrito é bem mais complicado do que desfazer o que é falado. O texto escrito é "cru", e está lá registrado, para ser relembrado com todos os detalhes! Não há lapso de memória, não tem como dizer "não foi exatamente isso que eu disse".

Ainda assim, nunca antes eu tinha observado um fenômeno como o Facebook traz hoje. A sua popularização, unida à dos computadores e smartphones, certamente contribuiu para isso. Eu percebo que a irritabilidade das pessoas cresceu demais, o julgamento do outro cresceu demais, a intolerância cresceu demais, a amizade se tornou descartável! É algo tão absurdo que me espanta diariamente. A quantidade de postagens reclamando do que os outros fazem é algo impressionante! Seja por solicitações de jogos que nem sempre podem ser evitadas pelos usuários, seja por vírus que algum desavisado pega (e espalha para outros desavisados), seja porque os amigos não curtem/comentam as postagens, seja por não concordar com algo que o outro postou... é tudo tão pequeno!!!
Quem gosta dos jogos do Facebook nem sempre sabe evitar as solicitações, ou nem sempre CONSEGUE evitá-las, já que muita coisa vem escrita em inglês e nem todos dominam o idioma. Mas é tão simples evitar que apareçam na sua linha do tempo! Basta você bloquear as solicitações dos jogos! Precisa reclamar com quem quer se divertir, como se ele fosse algum "criminoso"? Ou pior: precisa excluir dos seus amigos quem envia tais solicitações? Sim, já vi isso acontecer, chega a ser ridículo!!! Que AMIZADE é essa?

Os vírus existem desde que existem os computadores, e por mais que a informação para evitá-los hoje seja bem mais difundida, nem todos têm conhecimento ou discernimento para isso. E nem sempre conseguem fazer a remoção rápida, às vezes pensa que resolveu o problema e ele está lá ainda. Mas para quê eu vou avisar o meu "amigo" que o computador dele está infectado ou tentar ajudá-lo a resolver? Não, mais fácil excluí-lo de vez, a amizade dele não me interessa! Como assim???

Pior ainda: reclamar daqueles que nunca curtem ou comentam suas postagens! Quantos amigos você tem no face? Você consegue curtir ou comentar o que todos postam? De verdade? Eu não consigo! Até mesmo porquê, muitas vezes eu vejo as postagens pelo celular, quando a Vivo resolve fazer jus ao nome e funciona, e já aconteceu de comentar ou mandar mensagens e elas não chegarem ao destino. E, de mais a mais, eu não tenho tempo hábil para isso! Normalmente eu curto alguma coisa quando vou comentá-la, mas tem muita coisa que acho bacana e que não me preocupo, de fato, em ficar "curtindo". Será que isso é motivo para alguém me excluir de seu rol de amigos??? Pois isso acontece com frequência por aí, acreditem!

Mas talvez a questão mais grave seja a não concordância com o que o outro postou. "Ah, esse aí só faz reclamar", "nossa, mas só sabe falar citando trechos da Bíblia?", "a página desse só tem desgraça", "milionário, hein? Vive viajando!", e por aí afora. Gente, a página é PESSOAL! Cada um posta o que lhe agrada, o que quer compartilhar, o que não significa que deva agradar a todos!  E é impossível falar deste tópico sem lembrar aqueles imensos problemas que passei. Apesar de compartilhar o que estava acontecendo, eu me fechei muito, acabei me afastando de muita gente, para não parecer que tinha me tornado uma pessoa "amarga" que só sabia falar em desgraça. Não foi escolha minha o que aconteceu, e os AMIGOS de verdade continuaram me procurando, querendo saber, chegaram a fazer campanhas para me ajudar financeiramente (graças a Deus, jamais teria "cara" de pedir assim, e foi o que me salvou). Mas houve, sim, quem se afastou, talvez por não gostar de ver que eu não vivo em um mundo cor de rosa, ou por medo que eu resolvesse pedir dinheiro, não importa. Passou, e é isso que vale.

O problema é que essa não concordância anda de mãos dadas com a intolerância, que tratei em outro texto recentemente. Você não concorda com a postura de alguém, acha que ela deve agir da mesma forma que você, gostar das mesmas coisas que você, e quando isso não acontece... tchau, amizade! Eu sou bastante tolerante, imagino. Não é porque não curto bebidas alcoólicas, ou porque sou vegetariana que saio atacando quem posta fotos de churrasco regados a cerveja. Aliás, nunca recusei participar deles, se a companhia valesse a pena! Porque eu prezo muito mais a PESSOA e as QUALIDADES que ela apresenta do que eventuais traços que me desagradam! Afinal, eu mesma tenho traços que certamente desagradam meus amigos, todos têm! Será tão difícil assim ser um pouquinho maleável? Entender que o fato de duas pessoas não concordarem em alguns pontos não significa necessariamente que não possam conviver, até serem amigas?

A "amizade descartável" é um fenômeno que me assusta um bocado. As redes sociais, que multiplicaram de certa forma os amigos que cada um tem, ao mesmo tempo tornou as relações muito frágeis! É muito fácil "deletar" alguém da sua vida. Hoje, graças à megaexposição, a gente acaba conhecendo detalhes da personalidade do outro que antes podiam passar despercebidos. Passamos a julgá-los por isso. Passamos a ser intolerantes por isso. Será mesmo isso uma EVOLUÇÃO??

Que tal pensar um pouquinho a respeito? Que tal parar antes de julgar e condenar o outro, antes de tirar conclusões precipitadas sobre quem quer que seja? Talvez assim possamos lapidar nossa própria personalidade, de forma a sermos mais tolerantes com o próximo, fortalecendo amizades, mesmo que virtuais (e que nada impede se tornem reais), talvez a gente se lembre de valorizar aquilo que realmente importa sem se pegar em mesquinharias, talvez possamos cuidar melhor daquilo que disseminamos.

Sim, não posso deixar de tocar neste ponto sem comentar os boatos que se espalham pela internet, sem que as pessoas se preocupem em checar. Compartilham denúncias gravíssimas sem, ao menos, fazer uma pesquisa rápida no Google para ver se aquilo é verídico. Aí assistimos casos como o da Fabiane, moça linchada no Guarujá... um boato, um retrato falado, postado em uma página do Facebook e compartilhado sabe-se lá quantas vezes, foi suficiente para que alguém simplesmente a apontasse na rua acusando-a, e a turba enlouquecida resolveu fazer justiça (?!?) com as próprias mãos. É... tem muita coisa a ser revista por aí...

Eu volto.

Andréa 

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3 anos...

Pois é... esse blog está totalmente abandonado, mas a correria este ano está grande! Muito trabalho, muito cansaço, mas tudo positivo, graças a Deus! Tenho várias ideias para esse espaço, textos formados na cabeça, pedindo para serem escritos, mas os dias vão passando, as semanas voam, e acabo não fazendo é nada! :P

No mês que passou, Thabata se tornou "di maior" (medo! :) ) e parece, finalmente, estar entrando nos trilhos. Até resolveu retomar os estudos em um supletivo!!! :D Não sei se lembram que estava trabalhando em um projeto secreto... :D Pois é, ele ficou pronto, e vocês podem encontrá-lo aqui! É o fotolivro dos 18 anos dessa grande garota. Eu tinha feito o de 15 anos da Samara, e por causa de tudo o que aconteceu, acabei não fazendo o dela. Mas... 18 anos também é uma data importante, então resolvi botar a mão na massa! Acho que ficou legal, deem uma olhadinha! ;)

Samara também fez aniversário... 20 anos! Caramba, passa muito rápido! E, de uma hora para outra, decidiu fazer vestibular e encarar uma faculdade! De Ciência da Computação! Algo surpreendente, porque não é nada do que ela falava antes, mas está gostando, e isso é o que verdadeiramente importa. Sem contar que é uma profissão que tem tudo a ver com os tempos que vivemos, né? 

Ah sim, eu também fiz aniversário, tá bom... (mas podemos pular a parte dos 43?) :P Abril sempre é um mês agitado! :D Estou firme no banco, trabalhando um bocado, mas tenho conseguido dar umas scrappeadas nos intervalos! ;) Se "fuçarem" os links vão encontrar algumas novidades! Até entrei em outro time de criação, do Just Because Studio, da talentosíssima (e brasileiríssima) Dani Alencar! Estou adorando trabalhar com os kits dela, são lindos!!!


Mas hoje... eu tinha que voltar aqui... é o dia do aniversário "do lado de lá" do meu grande amigo, daquele que deixou um buraco imenso que não foi nem vai ser jamais preenchido! Ele foi e é "o cara"!!! Três anos... três longos anos sem a voz, o abraço, a risada, a "molecagem" do meu "Paiaço"! É claro que a gente acostuma, ou faz de conta que acostuma, sei lá. Mas a falta, a saudade... ah, essa continua existindo, latente, pronta a se fazer notar se a gente é pega despercebida. Basta um sabor, um cheiro, uma música, uma lembrança, e pronto! 

E nessa data, não tem como esquecer, não tem como deixar de pensar em como ele foi embora tão cedo. Claro que sei que ele está bem, feliz, do lado de minha mãe, a mulher que ele ama verdadeiramente! De vez em quando tenho pequenas notícias, e isso me alegra muito! Porque eu sei que durante os dez anos que estiveram separados fisicamente, ele viveu (e jamais desistiu da vida) planejando o reencontro. E tudo o que eu mais queria e quero é saber que os dois estão felizes!

Eu sei também que a felicidade deles depende um pouco de estarmos bem aqui, e procuro me empenhar ao máximo para viver de acordo com o que eles me ensinaram. Caráter, honestidade, lealdade, amizade, religiosidade... e todos aqueles princípios hoje tão desprezados mas que eles seguiam à risca e eu faço questão de dar sequência a todos eles!

Então... nada de tristeza! A saudade pode ser feliz também. A saudade pode trazer lembranças engraçadas (e eu não o chamava de "Paiaço" sem motivo, afinal de contas), pode fazer rir! E pode trazer a ternura de uma página, como essa que criei para homenagear a data de hoje.

Pai, é seu aniversário aí, o dia que renasceu, livre de uma doença que nem sabemos exatamente qual foi, mas que podia ter lhe maltratado muito! Que bom que tinha merecimento suficiente para partir sem que ela lhe impusesse um sofrimento muito grande. Que bom que você foi e é esse ser tão especial, que esteve cercado de pessoas iluminadas a lhe ajudar nessa transição. Que você siga seu caminho de muita Luz em paz, porque nós aqui estamos tocando em frente. Superando as dificuldade que surgem com garra, determinação, e a inabalável Fé que sempre nos ensinou a ter! EU TE AMO MUITO!

Andréa
(e vamos ver se crio vergonha na cara e começo a aparecer por aqui de novo, né? ;) )

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