E lá se vai 2012...


Eu comecei o ano empolgada, assistindo aos fogos em Copacabana, junto com a Samara, deixando para trás um 2011 de muitas provas, de tristezas profundas. Chorei, compulsivamente, enquanto a festa explodia nos céus do Rio de Janeiro. Lavei a alma, renovei as energias, e entrei 2012 cheia de esperanças por um ano melhor!

Foi com esse espírito que voltei para Serra Negra. Mal cheguei, fui correndo rever a Thabata, que estava se tratando da dependência química, e que por isso mesmo não esteve conosco na viagem de sonho. E aí... uma semana depois, exatamente uma semana depois, uma nova enchente assola Serra Negra, e leva minhas coisas embora, mais uma vez...


Impossível expressar em palavras o sentimento daquela visão... o desespero, o desalento... e a falta do ombro e do colo do meu pai, um vazio que se fez ainda mas presente naquela hora. Ainda bem que Samara está sempre ali, do lado, me apoiando. Senão... nem sei!!! Mas, se é uma prova, vamos encará-la, não é? Vamos em frente, que Deus dá o frio conforme o cobertor, e tudo há de se ajeitar. A sogra de uma amiga do banco ofereceu sua casa, nos deu abrigo, e lá permanecemos durante um mês, enquanto passava o risco maior. Até que virou o mês, e supúnhamos que o perigo havia passado... ledo engano!!!


Juro que pensei que não conseguiria me reerguer... uma sensação tão ruim, uma tristeza tão profunda, que parecia que não ia passar nunca. Não é só a perda das coisas materiais, é a impotência, a sensação de não poder fazer nada enquanto a natureza segue seu rumo, implacável. É ver aquilo que foi construído com tanta luta, tanto sacrifício, tanta dificuldade, ir literalmente por água abaixo. Mas eu sou dura na queda... aprendi com meus pais a não perder a Fé jamais! E foi com essa Fé que consegui seguir adiante. Mais um mês exilada em casa de amigos, buscando uma casa para alugar, porque depois de tudo não havia condição nenhuma de voltarmos para a nossa casa (jamais teríamos paz ali), aflita porque se aproximava a data para a Thabata sair da clínica, e eis que aos 47 do segundo tempo...


Uma casa segura, de bom tamanho, preço razoável, próxima ao centro (não temos carro, afinal), surge e fechamos negócio! Mudamos numa terça-feira, arrumando as coisas às carreiras para, no sábado, podermos buscar a Thabata!


Agora éramos as três de novo, de casa nova, numa luta nova e diária (a recuperação da Thabata), e precisando equalizar as finanças! As dívidas deixadas por 2011, que estavam razoavelmente equilibradas, somaram-se às de 2012, com compras de móveis, eletrodomésticos, e o bendito ALUGUEL! E foi ai que a coisa pegou. As contas não fechavam, de jeito nenhum. Precisei rolar dívidas, pagar valor mínimo de cartão, mesmo sabendo o absurdo das taxas de juros praticadas pelas administradoras, e ainda assim não dava!

Cheguei a ficar afastada de tudo e de todos, porque sempre fui uma pessoa muito para cima, que mais ouvia do que era ouvida, que estava sempre pronta a ajudar e apoiar, e não queria passar uma imagem errada, de alguém amargo, que só reclama, que de repente só tem problemas... afinal, não tinha culpa por tanta coisa estar acontecendo, né? E, claro, em diversos momentos desanimei, fiquei agoniada, preocupada com toda a situação sem enxergar uma luz no fim do túnel. Apesar de habituada a ouvir, não queria sobrecarregar os amigos com meus desabafos, e acabava me sentindo sozinha, vazia.



Mas Deus é perfeito... repito: Ele dá o frio conforme o cobertor. Se nos colocou naquela situação era porque podíamos enfrentar, e teríamos condições de superá-la. Apesar de minha reclusão, os amigos não nos faltaram. Amigos com letra maiúscula, onde estão inclusos os irmãos de alma, tios, primos, todos! Que não nos desampararam em momento algum, que abriram suas casas para nos receber, que sempre tinham uma palavra carinhosa, que deram espaço e acabaram aguentando, sim, meus desabafos e que, quando puderam, mandaram ajuda material também, permitindo que fôssemos sobrevivendo com um mínimo de dignidade. 

Só lembrava do meu pai: "tenha Fé!" era a frase preferida dele se desconfiava que eu estava baqueando! E foi através dele que o milagre se fez ainda mais forte. Amigos de meu pai, que me viram crescer, iniciaram uma campanha maluca entre os amigos comuns, da PUC e da Telesp, pessoas que eu conhecia de nome ou nem isso, e que me ajudaram de uma forma indescritível... não tenho palavras para agradecer a cada um que, mesmo sem me conhecer se dispôs a me ajudar. Como comentei no post, meu pai foi mesmo uma pessoa muito abençoada, pois só pode ter sido por ser tão respeitado e querido por todos que esse movimento deu resultado. Ele se foi fisicamente ano passado, mas certamente continua olhando por mim! Precisam de prova maior que essa?


E então... eis que as coisas começam a se acertar. A campanha feita pelos amigos me deu condições de sair do buraco, reorganizar algumas contas, mas claro que ainda estava longe de tudo se resolver. O rombo era muito grande!!! Mas já era hora de terminarem as provas, né? Era hora das coisas voltarem ao prumo. E qual a primeira coisa que precisava acontecer? Yes!


A casa foi vendida!!! E, com ela, foram-se embora as dívidas, os empréstimos, dando início a um novo ciclo! A partir deste momento tudo será diferente, tenho certeza!!! Marcando essa nova etapa, apenas duas semanas depois, ainda finalizei minha pós em Educação Inclusiva!


Uma nova fase, mais leve e mais feliz se iniciou, se Deus quiser! Claro que houve tropeços no meio do caminho, pessoas que se afastaram por algum motivo, talvez por não compreender o turbilhão de sentimentos que vivenciei desde o ano passado devido a toda as perdas e problemas, como relatei no meu post de aniversário, e que de repente me deixou entre extremos: uma distância (aparente, não real) ou uma impulsividade incontida, o que nem sempre é bem compreendido. Uma pena, mas não posso obrigar ninguém a me aceitar, né?

Agora é procurar uma casa para financiar, com calma para não fazer besteira, e poder sair do aluguel! Este ano, se tudo correr bem, sai, finalmente, minha promoção no banco, melhorando o salário e me permitindo uma vida mais tranquila. Ou, até preferencialmente... a Mega da Virada vem para mim, né? Mas... antes de fechar 2012 era preciso vencer mais um desafio: passar o Natal em casa, eu e as meninas. Afinal, ano passado a Thabata não estava, e eu e a Samara estávamos no Rio, festejando com Ricardo, numa bagunça de fazer gosto! Não estava animada, como contei semana passada, mas...


Então, agora é hora de nos despedirmos de 2012, um ano difícil mas de grande superação, e darmos as boas vindas para 2013, que há de ser MUITO MELHOR! Não só para mim, mas para TODOS vocês! Obrigada a todos que me acompanharam neste ano, que torceram, que ajudaram da forma como era possível, pois graças a cada um de vocês, consegui me manter forte, consegui superar os momentos de desânimo, até de quase desespero. FELIZ ANO NOVO!!!


Uma observação: os scraps deste post, à exceção daquele do meu pai que está no álbum "Pedaços", são parte do "Projeto 52" que junto com outros mostra a história deste ano. Os links ficam ali em cima! ;)

Eu volto! Mas só no ano que vem!!! :D

Andréa

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Feliz Natal!!!


Confesso que este ano ainda não estou muito animada para as tais "festas"... eu ja tinha perdido muito o gosto depois que minha mãe faleceu, porque ela era animada, "botava pilha" em todo mundo, comandava a bagunça! Mesmo com a falta imensa de meus avós todos, e a separação física dos tios e primos, ela fazia uma festa danada para nós seis. O vazio deixado por aquele sorrisão e alegria contagiante foi quase impossível de preencher! Mas... as meninas eram pequenas, a magia do Papai Noel ainda imperava, então eu e meu pai nos empenhávamos em manter a animação por elas. Meu pai fazia o maior circo, sujava sapato com cinza na lareira para fazer pegadas, derrubava enfeites, deixava prato sujo na mesa da cozinha... elas se esbaldavam de rir com o "Papai Noel desastrado e comilão"! 

Aos poucos, elas foram crescendo, ficando cada vez mais na dúvida, até a hora que cresceram mesmo... nesse ponto, o Natal passou a ser uma noite de introspecção, onde ficávamos juntos, orávamos, tínhamos uma ceia, troca de presentes... mas já faltava um bocado da alegria de antigamente. Família pequena demais, só a gente aqui, Alessandra nem sempre presente, vivendo a vida dela... aí, de repente, meu pai vai embora, assim sem aviso, e tudo fica ainda mais complicado!

Ano passado, por um milagre desses que são quase inacredítáveis, eu e Samara conseguimos ir para o Rio. Parecia um sonho, porque eu estava em pânico de pensar no final do ano, sem meu pai há tão pouco tempo! Tivemos que ir sem a Thabata, que estava em tratamento para dependência química na clínica, mas fomos assim mesmo, aproveitando o oferecimento do Italo e da Solange, que abriram sua casa para nos receber. Jamais poderemos agradecê-los o suficiente! Tudo que falarmos será pouco, pequeno, diante do gesto deste casal tão querido. E, estando no Rio, pudemos estar com Ricardo e sua família maravilhosa, numa festa inesquecível! Tão animada, tão feliz, que nem por um momento nos permitiu pensar na tristeza do primeiro Natal sem "seu" Ronaldo!

Mas é hora de encarar a realidade, né? Somos só nós mesmo, temos que aprender a vivenciar estes momentos. Não é fácil! Vontade, vontade, por assim dizer... nenhuma! Eu balanço cada vez que assisto o anúncio do Boticário... queria eu dar um abraço daqueles no meu pai! A saudade é imensa ainda! Tanto dele quanto da minha mãe, mas a dele, por ser mais recente, é uma ferida mais aberta. 

Mas enfim... um amigo virá passar conosco a noite de Natal, e graças a isso, as meninas até se animaram de montar uma árvore. Quiseram até criar elas mesmas os enfeites. Nem está pronta ainda... Samara está finalizando suas artes agora! Amanhã prepararei uma pequena ceia, mas com muitas rabanadas! :D E assim, iremos dar um jeito de vencer mais este desafio! ;) Vamos conseguir!

Para finalizar, um texto do meu pai, que tinha mesmo o dom da escrita! FELIZ NATAL A TODOS!!!

"É NATAL"
(Ronaldo Tikhomiroff)

É tempo de renascer...
Simbolizado pelo nascimento do Menino-Jesus - portador da mensagem divina do Amor Universal - o renascimento das esperanças do homem se faz presente em todos os corações...

É tempo de repensar...

Afinal, de que valeu a vinda do Filho de Deus, exemplo de humildade, pureza de espírito, amor e fé, se o homem o esquece a cada dia? Será necessário fixarmos uma data para que, ao menos uma vez ao ano, nos lembremos de tão sublime Ser?

É tempo de reavaliar...

Nossos atos do dia a dia são coerentes com nossa manifestação de alegria a cada Natal? Será hipócrita esta atitude? Temos realmente devoção ao Cristo se o negamos a cada instante, lutando como verdadeiros animais pela nossa sobrevivência? Onde está a verdadeira Fé?

É tempo de arrependimento...

Aproveitemos este Natal - porque não? - para passarmos a limpo nossa consciência, dita cristã, e nos tornarmos realmente merecedores do sacrifício do Cristo. Nunca é tarde lembrar que o nascimento daquela criança, há dois mil anos, foi um ato de Amor ao homem, pois a partir de sua chegada à Terra iniciou-se seu sofrimento por nós.

É tempo de Natal...

Vamos iniciar o cultivo, em nossos corações, do amor a nossos semelhantes, às plantas, aos animais, à Terra e ao Cosmos, pois deles todos somos irmãos perante o Pai único. Que isso aconteça a cada dia, a cada instante, sem a necessidade de nos valermos de datas especiais para nos redirecionar em nossa caminhada. Foi isso e somente isso que nos ensinou o Menino-Jesus...

Tão pouco...e tão infinito!

Feliz Natal!


Eu volto!

Andréa

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Tirando a poeira!


Um mês sem dar notícias por aqui, mas foi só correria mesmo. E muito cansaço! Semana retrasada Thabata começou com um febrão que não passava, indo a hospital, ouvindo que o pulmão estava limpo, mas fui ficando numa agonia danada. Estou acostumada a não baixar febre, tendo sido criada à base da homeopatia, mas uma febre constante de 39,3º a 39,8º dias a fio, assusta! Por fim, acabei conseguindo marcar um médico particular. Mas até isso foi difícil, muitos com agenda lotada até o fim do ano! Conclusão? Internação imediata: pneumonia braba! :(

Ficou lá de sexta à noite até domingo à tarde, quando o médico finalmente a liberou para tratar em casa. Com a condição de ir duas vezes ao dia até o hospital tomar as injeções. Só um detalhe: ela tem 16 anos, é menor... precisa de alguém junto para assinar! Ou seja... EU! :( Para completar, era a última semana de reposições do horário da greve no banco, então estava indo mais cedo. Ou seja... para Thabata tomar a injeção de manhã, precisava sair ainda mais cedo! Uaaaaaaaaah!!!

Mas tudo bem, passou. Sexta-feira uma nova chapa mostrou um pulmão praticamente limpo!!! :-D O tratamento continua mais uma semana, mas agora sem injeções, bem mais "light"! Ainda assim, este final de semana foi dureza de engatar... um cansaaaaaaaaaaaaaaaaço que parecia não acabar! Respeitei o corpo, dormi até mais tarde, mantive um ritmo mais sossegado.

E agora... vou comer alguma coisa e deitar cedo, que amanhã tem trabalho de novo!!! Para terminar, um texto do meu pai, que mostra um pouco sobre seus pensamentos e crenças, e que tem tudo a ver comigo também:

"Hora do Encontro"
(Ronaldo Tikhomiroff)

Todas as tendências filosóficas ou esotéricas sérias têm se manifestado nesses últimos tempos sobre as grandes mudanças que advirão com a chegada da Nova Era, ou Era de Aquário. Estas mudanças, em têrmos materiais e em têrmos espirituais, levarão - dizem os propagadores da Nova Era - a um novo homem, preparado para assumir seu papel cósmico na Nova Terra.

Verdade ou não, constata-se uma grande fase de mudanças no homem moderno. Mudanças de comportamento, mudanças de sentimento, numa inquietude cada vez mais tangível. O homem do século XX, quase XXI, com toda a tecnologia ultra sofisticada, alcançada por sua mente cada vez mais desenvolvida, se curva ao seu interior e passa a ouvir sua inspiração. Algo não foi resolvido. Algo que o incomoda e que, vez por outra, o coloca em conflito consigo mesmo. Algo que vem de dentro de seu ser.

Por mais cético que seja, é chegada a hora do ser humano se encontrar com seu verdadeiro elo perdido. Perdido em suas origens, esquecido por milênios, porém real. Suas origens o chamam para sua verdadeira identidade, transcendental, cósmica, divina.

A figura de Deus, criada pela mente humana e manipulada por tantos, já não satisfaz ao ser humano. Da mesma forma que o estudo da tabuada de somar não atrai o secundarista, as “historinhas” do Deus que castiga sua própria criação, o Deus que nos criou para que passássemos uma “temporada” na Terra, sofrendo as agruras da vida, sem nenhum sentido, que nos legou o dom do livre-arbítrio sem nos indicar claramente como nos portar, levando-nos a cometer “pecados” a cada instante, que nos deu um cérebro e
uma mente privilegiada mas nos chama de imbecis por tudo o que fazemos, não pode mais acalentar o coração do ser humano. Simplesmente porque Deus é muito mais do que essa figura mesquinha e pequena inventada ou deturpada pelo próprio homem. Na verdade, a ideia do “homem criado à imagem de Deus”, deveria ser interpretada como “Deus criado à imagem do homem”, pois foi o próprio homem quem criou tal ideia.

A busca do verdadeiro Deus, a busca da verdade única, não pode ser universalizada pois cada um de nós deve buscar dentro de nós mesmos a NOSSA verdade, o nosso Deus, ou melhor, uma minúscula partícula do Deus único, cósmico, pois somos todos parte do infinito, da Energia Suprema. Uma minúscula partícula, porém grande bastante para nos dar a certeza de nossa existência. Somente aí encontraremos a verdadeira
Fé.

Como bem diz Albert Einstein, em seu livro “Como Vejo o Mundo”, todas as religiões criadas pelo homem se voltaram para a religião-angústia (homem primitivo) ou para a religião-moral (homem civilizado), traduzindo a idéia de Deus pela imaginação do homem. Aí está a falha de todas elas: porque o receio de ultrapassar o conceito de um Deus antropomórfico, cuja existência carreia todas as falhas humanas? Se o homem só consegue explicar aquilo que conhece, como pode querer explicar a ideia de um Deus tão superior a seus conhecimentos? Se o homem ainda está em busca da origem de seu próprio Universo, como explicar a origem desta origem?

Somente procurando nosso vínculo cósmico, divino, poderemos sentir a certeza e a alegria da existência de nosso Criador. E este vínculo está dentro de nós mesmos. É preciso escutar nosso Eu Interior, nossa aspiração íntima, sem censuras de nosso mental ou de nosso emocional. A liberação do livre-arbítrio, manipulado pelo mental/emocional, e a aceitação do comando de nossa aspiração, torna-se, portanto, o caminho mais curto para o encontro com nosso elo perdido. Não se trata, obviamente, de nos tornarmos mortos-vivos ou robôs, mas sim de reconhecermos e atendermos àquela voz que nos chama a tanto tempo e que teimamos em não escutar. Estarmos livres finalmente para seguir a Lei Cósmica.

Se dermos ouvidos à nossa voz interior, se nos deixarmos levar por nossa verdadeira identidade, começaremos a nos sentir muito mais importantes, verdadeiros participantes da maravilhosa obra da evolução cósmica. Passaremos a entender o nosso papel e a aceitar os desígnios divinos, pois estaremos inseridos definitivamente no processo evolutivo.

É chegada a hora do encontro.

Eu volto.

Andréa

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E os caminhos se abrem...


Pois é... a venda da casa realmente limpou uma fase (looooooooooonga) de muitas provas! Estou me sentindo mais leve, mais feliz. Só de não ter mais dívidas, uma situação inédita em muitos anos... nossa, nem dá para dizer o tamanho da alegria que isso causa!

Já comecei, claro, a procurar casa para financiar. Na verdade, não sei ainda se vou optar por uma casa pronta ou um terreno para construir, tenho as duas opções. Mas confesso que a segunda tem me entusiasmado... fazer do meu jeito, com a minha cara... e isso tem me dado uma saudade do meu pai, que nem sei! Ele era craque em bolar plantas, em desenhar fachadas, imaginar decorações... nossa, ia me ajudar tanto agora! E ia curtir muito, também, tenho certeza!!! Mas o sujeito resolveu ir namorar D. Solange, né? Deixe estar... um dia eu o pego! :D

Dando sequência a essa fase, veio o término da pós. Dia 29 apresentei meu TCC e fui aprovada com nota NOVE! :D Pós em quê? Educação Inclusiva, claro! Afinal, foi pela inclusão que entrei na faculdade em 2008, e por ela decidi seguir os estudos, mesmo trabalhando em banco. Mas eu não concordo com o termo "Educação Inclusiva", longe disso. Porque aceitar esse termo é aceitar que existe uma Educação que exclui, que segrega, que não acredita em todos os alunos. Educação Inclusiva não pode mais existir como sendo algo à parte da Educação, chega disso, né? Educação é Educação, simples assim. 

Agora, é claro que o fato de ter essa especialização abre portas. Posso, de repente, começar a lecionar em faculdade, ajudando na formação de novos professores. Para mudar a visão daqueles que vão chegar ao mercado de trabalho. Durante a faculdade percebi, muitas vezes, o preconceito no discurso de meus colegas e, até mesmo, dos professores. E percebi, também, que ao longo dos três anos de curso, muitos desses discursos mudaram. Não quero me vangloriar não, mas sei que muitas coisas que falei, os trabalhos que apresentei, as palestras que fiz, contribuíram para isso. Várias pessoas falaram isso para mim. Então, o trabalho "de formiguinha" estava sendo feito, né? ;) E eu pretendo continuar!

Ainda neste período, a loja do Zig Zag Scraps, para quem eu criava, fechou. Mas não fiquei à toa não! Duas designers da loja, a Jen Maddocks e a Val C. me chamaram para seus times, e já comecei a criar! O Projeto 52 está em dia, e o Pedaços também está a toda! Aliás, animada com a campanha do Meta Social, com a música "Ser Diferente é Normal", tinha feito layouts para o projeto Pedaços com a letra da música, e acabei criando um vídeo para a campanha. Gostei do resultado, e você? Confira aqui (sugiro que coloque em tela cheia se quiser acompanhar a letra):




Estes últimos dias estava de férias do banco, mas amanhã a rotina recomeça. Nesse período, além de vender a casa e terminar a pós, trabalhei MUITO! Peguei serviço de desenvolvimento de sistemas para fazer em casa e reforçar o orçamento, então tinha que aproveitar esses dias de "folga" para adiantar ao máximo. Acabei nem viajando, mas tudo bem. Ano que vem as coisas estarão melhores! ;)

Para fechar o "livro" (UFA!), uma poesia de minha mãe, faz tempo que não posto nada dela aqui, né? O título não poderia ser mais propício... mas data de setembro/82.

RECOMEÇAR
(Solange Tikhomiroff)

E lá estou eu mais uma vez recomeçando...
Sem ilusões mas repleta de vontade...
A nova escadaria vou galgando
Em minha busca de felicidade

Perdi tanta coisa que eu amava,
Inclusive a ausência da amargura...
Desprevenida eu nem imaginava
Como a vida pode ser tão dura

A minha dor machuca até dormindo,
Pois as lembranças são vivas em meu peito...
Mas meus lábios ainda estão sorrindo
E o meu passo ainda está perfeito

E lá estou eu mais uma vez tentando...
E sei o que me faz continuar,
É a certeza de que mesmo tropeçando,
A vida é feita de recomeçar!

Este ano tinha sido muito duro para a gente... lendo as palavras de minha mãe, percebo como somos parecidas, não apenas na aparência, mas na essência mesmo. Essa poesia poderia ter sido escrita por mim, parece mesmo ter sido feita para mim!

Eu volto, prometo! ;)

Andréa

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LIVRE!!!


A todos os amigos, que tanto torceram por mim, que tanto me ajudaram:

VENDI A CASAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! :D

Sim, finalmente estou LIVRE! Agora, aos poucos, vou colocando a vida em ordem e me organizando para poder financiar um novo teto, seguro e, claro, livre de enchentes! Já liquidei dívidas, empréstimos... \o/ Obrigada por todo o apoio, todo o carinho. Vocês são maravilhosos! :)

Estou devendo notícias há algum tempo, eu sei. Mas as últimas semanas foram de grandes expectativas que, agora, graças a Deus se concretizaram! Prometo voltar à ativa em breve, ok? ;)

Andréa

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E a família cresce...


Na semana que passou a família resolveu crescer para todos os lados! Primeiro, do lado do meu pai, chegou Carolina, mais uma bisnetinha para tia Alléa, irmã de minha avó. Parece uma bonequinha, muito linda!!! Depois, do lado da minha mãe, Arthur, filho de uma prima muito querida, Marcia. E tem cara de menininho mesmo, muito fofo!!! Sejam bem-vindos, a este nosso louco mundo! Que vocês venham esbanjando saúde, alegrias e boas energias! Para comemorar, scraps, é claro! ;) Mas não só isso... vou deixar aqui um texto de meu pai, sobre o sentimento que impera quando da chegada de crianças: o AMOR! Espero que gostem!

O VERDADEIRO SENTIDO DE AMAR
(Ronaldo Tikhomiroff)

Um sentimento...um estado de espírito...uma “coisa” indescritível...eis algumas definições que o homem produziu para explicar o sentimento de amar. Todas verdadeiras, porém todas incompletas.

Incompletas porque amar é uma sensação, é algo cuja definição está além do conhecimento humano, tão racional e tão emocional. Porque amar é um ato divino, transcendental, uma lei cósmica. A capacidade de amar é algo que o homem esqueceu que possui, mas que ainda carrega, latente, em seu íntimo. Cristo, quando aqui esteve, trouxe a missão de mostrar ao homem como deve ser exercida esta capacidade. Porém, dois mil anos depois, olhamos para trás e constatamos envergonhados que nada aprendemos com Ele. Foram dois mil anos de guerras, genocídios, exploração do homem pelo homem, culminando com a deturpação do ato de amar fazendo-o sinônimo do ato de copular.

“Fazer amor” é muito mais do que irmos para a cama com uma parceira, por mais amor que tal ato possa conter. “Fazer amor” é viver para o bem, é olhar nosso semelhante, nossos companheiros de jornada, com carinho, com dedicação, com aquele sentimento de alegria que brota do fundo de nosso coração e que nos faz verter lágrimas. Amar é COMPARTILHAR a vida com todos os seres que aqui se encontram, com a alegria incontida de estar vivo e poder usufruir da oportunidade oferecida pelo Plano Espiritual de aqui nos aprimorarmos.

Quando saímos de casa pela manhã, cruzamos com diversas pessoas, vemos diversas manifestações de vida, seja nas plantas, nos animais, no próprio ser humano. A quem desejamos um “bom dia”? O que significa desejarmos  um “bom dia” a nosso semelhante? Se entendermos que tal cumprimento é apenas um cumprimento, fruto da “boa educação”, estamos redondamente enganados. Desejarmos um “bom dia” significa vibrarmos positivamente para que nosso semelhante tenha um dia positivo, que possa cumprir suas tarefas a que veio, que seja feliz.

Portanto, não deveríamos desejar um “bom dia” somente àqueles a quem conhecemos, mas sim a todos com quem nos encontramos, por mais desconhecido que seja. Isto seria um ato de amor. Entretanto, se recebermos tal cumprimento de um desconhecido, nossa mente doentia traduzirá como uma atitude de equívoco, de agressão, de insanidade até. Afinal, o homem continua sendo um ser egoísta e prepotente.

Quando olhamos uma planta, seja uma rosa, seja uma urtiga, devemos olhá-la com sentimento de carinho, pois ela também está compartilhando a vida dentro de suas limitações. Isto também é amor. Se discriminamos entre a rosa e a urtiga, não estamos agindo com amor, pois cada qual merece, como ser da Natureza, o mesmo carinho, a mesma energia amorosa. Isto também se aplica aos nossos semelhantes.

Se observarmos o mundo em que vivemos, se analisarmos as atitudes do ser humano no decorrer de sua história, veremos que todas as mazelas a que foi submetida a Terra, com todos seus “hospedes” incluídos, deveu-se à falta do amor incondicional no íntimo do homem, que preferiu trocar este sentimento divino por outros, mesquinhos, egoístas e degenerativos como a cobiça, a ambição, a inveja, a luxúria e tantos outros “pecados”. Constatamos que, neste final de ciclo evolutivo, no limiar de uma Nova Era, o homem está carente do único bem que deveria legar às gerações futuras: o amor. Triste herança que deixaremos a nossos companheiros do amanhã...

A esperança que ainda persiste é a certeza de que este sentimento, por sua origem divina e transcendental, continua latente no íntimo do ser humano. Precisa ser despertado. Precisa ser aflorado para que o homem deixe de ser a caricatura de uma manifestação humana para se tornar realmente um SER HUMANO. Para tanto, precisamos exercitar nossa capacidade de amar. Em todos os nossos atos, sem qualquer sentimento de reciprocidade, sem qualquer intenção senão a de amar no sentido mais amplo que esta palavra possa ter para cada um de nós. Não sabemos o que é amar mas certamente saberemos amar.


Eu volto!

Andrea

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Clap, clap, clap!!!


No começo do ano passado comentei aqui no blog sobre dois filmes estrelados por pessoas com síndrome de Down que estavam sendo produzidos aqui no Brasil. Pois o tempo passou, e o primeiro deles, "Colegas, o filme" acaba de conquistar o prêmio de melhor longa-metragem em Gramado! \o/ Ariel, Breno, Rita... PARABÉNS!!! Que emoção enorme ao ler esta notícia! Agora estou mais curiosa do que nunca para ver o filme! Parabéns a toda a equipe, ao diretor, Marcelo Galvão, pela coragem, pelo pioneirismo, por ajudar a quebrar barreiras tão importantes. PARABÉNS!!!




Falando em inclusão, uma nova campanha do Meta Social, "Ser Diferente é Normal", está super bacana! Uma música muito legal, cantada ora por Lenine, ora por Gil e Preta... um dos vídeos mostra a música com o "Som na Sala", com participação da linda Paula Werneck! Que, aliás, arrasou na bateria ontem, durante o Criança Esperança! Quem viu? :D Na campanha, as pessoas são convidadas a participar, soltar a voz em vídeos que, futuramente, poderão ir parar na telinha! Como minha voz não permite tal proeza, resolvi participar da campanha do jeito que posso fazer: com scraps! ;) Reuni todos aqui, mas podem ver individualmente no álbum "Pedaços", que tem link ali em cima! 

E as novidades não param por aí... outro dia, as meninas vendo Disney Channel (nem sei que programa), de repente passa um comercial da Kidy Calçados... qual não foi minha surpresa quando, lá pela metade, apareceu um loirinho de olhos amendoados... coisa mais fofaaaaaaaaaaa!!! Paxonei, claro!!! :D Mas o legal, de verdade, é que não se chama a atenção para ele, é uma criança como qualquer outra, brincando em um comercial alegre e cheio de vida! Uma vitória e tanto, em um meio onde os estigmas da "perfeição" e o preconceito ainda imperam.

Coisas que foram pontuando a semana e me deixaram muito feliz!!! :)

Eu volto...

Andréa






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Pequenos grandes milagres


Nos últimos dias, foi isso que me marcou. Desde as enchentes deste ano que minha vida entrou numa crise violenta. A parte financeira, em especial. Afinal, se ano passado as coisas já tinham ficado difíceis, este ano tudo piorou! Muita coisa para repor, aluguel... uma coleção de dívidas de fazer gosto! Não sou de desanimar, mas confesso que em certos momentos balancei.

É complicado ver as contas chegando, se acumulando, e nenhum sinal de uma solução.Não vou dizer que a solução chegou, porque ainda não. Falta vender a casa para as coisas se resolverem de vez, mas algumas coisas aconteceram, que me deram um pouco de tranquilidade.

Para começar, o apoio constante de amigos, tios e primos, que me aguentaram desabafando, que me ajudaram de uma forma incrível. Ajuda não apenas financeira, mas emocional e espiritual também, e que eu nem arrisco aqui a nomear todos porque acabaria sendo injusta. É gente demais!!! :D E talvez as pessoas nem queiram ser nomeadas, porque não ajudaram em busca de louros, né? Mas foram tantas e tantas manifestações de carinho, que muitas vezes me fizeram chorar, de alegria, de emoção, e de gratidão.

E, quando nem esperava mais nada, um movimento me surpreendeu nos últimos dias: amigos de meu pai, da época da PUC e da Telesp que se mobilizaram de uma forma... inacreditável! Claro que tudo partiu de amigos mais próximos, que me conhecem desde pequena, mas muitos que ajudaram eu apenas conheço de nome! Só posso crer que realmente meu pai foi um homem muito abençoado, que foi tão querido por todos que, mesmo mal ou nem me conhecendo, seus amigos acharam por bem me ajudar.

De alguma forma, meu pai, meu amigo mais querido, onde quer que esteja, conseguiu me ajudar. Foi por ele que esse movimento ganhou força. A cada amigo dele que vinha em meu socorro, eu sentia um abraço, como esse da foto. Não tinha como não me lembrar da música do Milton... ;)

...

Quando estava terminando este texto, fiquei sabendo que meu tio Benamy nos deixou. Não o via há muitos anos, desde que ele foi, com tia Lyse, Elias e David, para os EUA, em 1996. Mas não há como não sentir... e como não me coligar à minha tia e meus primos neste momento tão difícil. Gostaria de poder estar lá, de levar meu abraço pessoalmente, mas não tem jeito. Sei que estão bem, são fortes, unidos... vão superar a dor, transformá-la em saudade. É questão de tempo. E sei, também, que o céu está em festa! Tem muita gente lá recepcionando tio Bena! Vai com Deus, tio. Siga seu caminho, que há de ser de muita luz.

Eu volto...

Andréa

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Amigos... obrigada por existirem!!!


Hoje (ou quase... daqui a pouco...) é o Dia do Amigo! Como se fosse possível falar em vocês apenas um dia no ano... até parece! :D Eu tenho passado tanta coisa nos últimos tempos, tanta... mas vocês tornam tudo muito mais leve e fácil de carregar! Operam milagres quando eu já começava a achar impossível, surpreendem das formas mais emocionantes! Qualquer coisa que eu diga é pouco para agradecer a presença de cada um de vocês na minha vida. 

Amigos... reais, virtuais, tios, tias, primos, primas, sobrinhas, de longe, de perto, de hoje, de muito tempo... mas essencialmente AMIGOS, com letras maiúsculas, garrafais! Amigos... que tantas vezes me fazem rir, que tantas outras me emocionam, que por vezes têm feito as lágrimas rolarem compulsivamente, de tanta emoção, tanta gratidão, pelos gestos de carinho que me têm ofertado. Amigos... companheiros de jornada, irmãos de alma, anjos de luz, presentes de Deus! Não sei o que seria de mim sem vocês!

Meu presente, como não poderia deixar de ser, vem em forma de scraps! DOIS, um para cada álbum, o Pedaços (acima), com um trechinho de "Canção da América", e o Projeto 52 (abaixo) falando dos milagres que vocês têm operado em minha vida. Mas vocês merecem muito mais do que isso! Nunca conseguirei agradecer o suficiente pela presença de vocês em minha vida. AMO VOCÊS!


FELIZ DIA DO AMIGO!!!

Andréa

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Sorry...


Sim, eu sumi de novo! Havia prometido mais textos sobre a Rio +20, mas foram tantas coisas nos últimos dias, que complicou. Não consegui! Dentro do possível estamos todas bem, mas a verdade é que a situação continua muito complicada. A casa ainda não foi vendida e, sendo assim, o lado financeiro continua degringolando. Não perco a Fé, isso nunca, mas não nego que também baqueio de vez em quando. Afinal, não é fácil ver as contas chegando e nenhuma luz no fim do túnel! Espero que isso resolva logo (semana passada, por exemplo), porque aí as coisas entram em fase novamente! Torçam aí, tá? ;)

Por outro lado, pelo menos pude espairecer um pouco, com dois shows maravilhosos, e de graça, o que é melhor! :D Primeiro foi o 14 Bis, que veio a Serra Negra semana passada. Depois, Ivan Lins esteve em Amparo no último sábado! Irresistível!

 

Como podem ver, o Projeto 52 deste ano está em dia! Milagres acontecem!!! :D E eu iniciei, ainda, um novo projeto, que chamei de "Pedaços". O link já está lá em cima, e o scrap que abre este post foi o primeiro que criei para ele. São "pedaços" realmente, de músicas, poesias, textos... frases significativas por algum motivo, para as quais crio páginas especiais.

A loja também está a mil! Dois modelos novos de bolsas a preços promocionais e mais seis modelos com descontos de 15% a 50%. Mas é só até o dia 25/07, então corram para aproveitar! ;)

Bom... notícias em dia, vamos tentar manter o ritmo, né? :D Eu volto, prometo!

Andréa

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Terra Mãe...


E já que estamos prestes a dar início à Rio +20, uma oração escrita por meu pai, colocada na vitrine de nossa loja, Naturalíssima, durante a Rio Eco 92! Continua tão atual, infelizmente...

Terra Mãe...
(Ronaldo Tikhomiroff)

Neste momento em que todos os Teus filhos se voltam para Ti. preocupados com os danos que Te causaram durante tantos e tantos anos...

neste momento de reflexão sobre tudo aquilo que Tu nos deste e que sequer tivemos a humildade de agradecer mas sim a soberba de destruir...

pedimos a nossos representantes na RIO-ECO 92 RIO +20 que reflitam sobre a importância única deste evento, pois outra oportunidade não deverá haver. 

pedimos que sobrepujem os interesses econômicos, pois a economia sem vida é incoerência.

pedimos que sobrepujem os interesses políticos, pois nada estamos disputando senão a defesa de nossa Mãe, sem fronteiras mas com muito amor.

pedimos que olhem para dentro de si e questionem o direito de destruir a Vida em todas as suas manifestações, sem se envergonharem perante nossa Mãe, que tudo nos deu com o mais puro amor materno.

pedimos a Ti, Mãe, que nos dê mais uma oportunidade de nos arrepender, para que possamos merecer tão divina dádiva de em Teu seio podermos nos abrigar.


Que os resultados, desta vez, sejam reais e voltados para o bem de nosso planetinha tão maltratado! Meu pai escreveu outros textos sobre o tema, vou tentar postar aqui nos próximos dias. Vale a pena refletirmos.

Eu volto...

Andréa

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11 anos...


Caramba... 11 anos é tempo demais! Mas apesar de tanto tempo, a saudade continua imensa, não diminui! Claro que acalma, porque afinal de contas a gente vai se acostumando com tudo... mas ainda dói. E como dói!!! :(

Com o tempo, a dor vai se situando em pequenos momentos, em lembranças presentes em um cheiro, uma comida, uma música, uma frase... coisas simples, mas de grande significado, que fazem a saudade voltar com tudo, como se sua partida tivesse acabado de acontecer. A "ficha" cai de novo nestas horas...

As lembranças são, invariavelmente, boas, engraçadas... você sempre foi uma pessoa "pra cima", de um astral altíssimo, além de meio (totalmente) atrapalhada, né? :D E essas recordações, ao mesmo tempo em que trazem a saudade de volta, acabam me fazendo rir de novo!

Mas a falta que faz sua companhia... os passeios de carro ouvindo MPB nas alturas, as noites que virávamos vendo filme ou jogando, as conversas... isso não tem como apagar. E a cada dia 10 de junho, não há como não lembrar de você, e do buraco que deixou em minha vida.

Quanta saudade... quanta!

Andréa

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A doença "dependência química"

Sim, dependência química é uma doença. Reconhecida pela OMS como tal, tem causas diversas, e não tem cura. É tratável, sim, pode ser mantida sob controle. Mas uma vez dependente, sempre dependente. Da mesma forma que um diabético tem que, a vida inteira, controlar a sua taxa de açúcar, ou um hipertenso tem que controlar sua pressão, o dependente tem que controlar sua vontade, sua compulsão. E não só dependente químico não, mas aquele que tem compulsão por compras, por jogos, por chocolates. Muitos sabem disso, mas mesmo dentre estes, há aqueles que consideram o dependente como sendo um "sem vergonha", um "sem caráter". O preconceito é imenso!!! E não é fácil para ninguém que tem um dependente químico em casa, ouvir os outros chamando de drogado, maconheiro, delinquente. Dói!

Ok, eu reconheço que também falei desta forma muitas vezes, a ignorância sobre o assunto leva a isso. Também não nego que a dependência química acaba contribuindo para desvios de caráter, até mesmo porquê a maior parte das drogas é ilegal e, para obtê-las, o dependente precisa procurar por criminosos, lidar com eles. A necessidade, cada vez maior, de consumo do álcool ou da droga, faz com que o dependente perca completamente a noção do certo ou errado. Ele só enxerga a sua vontade, a sua "fissura", e é capaz de qualquer coisa para saciá-la. Roubar, traficar, prostituir... os limites somem totalmente! Mas, ainda assim, o dependente é um doente, que precisa de ajuda.

Outro dia, em uma reunião do Amor Exigente, ouvi uma comparação muito interessante, e que faz pensar. Se uma pessoa desenvolve uma diabete, imediatamente a família se arma de todos os cuidados, combatendo a entrada de doces em casa, procurando apenas aqueles que sejam próprios para aquela pessoa. Se um a pessoa é hipertensa, a comida da casa inteira passa a ter o sal reduzido. Mas se uma pessoa é dependente química, ninguém quer abrir mão da cervejinha no churrasco, ou do vinho no jantar, ou do champagne do Reveillon. No caso da diabete ou da hipertensão, a família e os amigos entendem a doença e contribuem para o tratamento, no caso da dependência não! E por quê? Porque ao invés de entender a dependência como a doença que de fato é, atribui-se a "culpa" dela ao dependente! O problema é dele, é ele que não tem "vergonha na cara", que não sabe se controlar! E é essa falta de entendimento que agrava, ainda mais, o problema. Porque se é difícil vencer a dependência com ajuda, sem esta é praticamente impossível! É como sempre colocam no Amor Exigente: não podemos querer, simplesmente, que o outro mude. Precisamos, também nós, mudarmos nossos hábitos!

Da mesma forma que jamais havia prestado muita atenção na questão da inclusão até começar a participar mais dos grupos, e a saber mais a respeito das dificuldades vivenciadas por quem tem alguma deficiência, confesso que jamais havia pensado na dependência química desta forma, até encarar de frente o problema da Thabata, até começar a frequentar o Amor Exigente e a conversar com os profissionais da clínica onde ela ficou internada.

Mas também, da mesma forma que saber mais sobre a inclusão mudou minha visão e me fez observar mais o meu entorno, fazendo com que eu passasse a perceber as discrepâncias, as dificuldades, os preconceitos, saber mais sobre a dependência química também me fez enxergar muita coisa que antes eu não via. E é sobre essas coisas que quero falar, porque tenho certeza que a maioria não percebe e não se dá conta do mal que pode proporcionar sua falta de cuidado. Porque a gente muitas vezes nem sabe que a pessoa ao lado é um dependente químico, e acaba agindo sem pensar.

O primeiro sinal de alerta, na verdade, foi um comentário feito alguns anos atrás, por uma amiga que estava inconformada com a atitude de seus amigos, convidados da festa de aniversário de seu filho pequeno. Por ser uma festa infantil, ela optou por não servir bebidas alcoólicas, nem cerveja, apesar de ter também convidado os pais das crianças. Era uma festa de poucas horas, afinal de contas! Para sua surpresa, muitos (homens, especialmente) saíram cedo da festa, ou foram em pequenos grupos para um bar nas proximidades. Era impossível, para eles, pensar em um tipo de diversão que não fosse regado a bebida. 

Na ocasião eu percebi que ela tinha razão, até já tinha reparado que eu sempre era vista como um "ET" por não gostar de beber, e aí nada tem a ver com dependência, eu simplesmente não gosto MESMO de bebidas alcoólicas! Ok, o fato de ser vegetariana só aumentava a estranheza dos outros, mas acho que ainda hoje é mais fácil as pessoas entenderem que não como carne do que o fato de não gostar de bebidas alcoólicas. Só que ainda não havia me dado conta do quanto isso era algo sério.

A "cultura da bebida" está tão entranhada na sociedade que não se consegue imaginar sair com os amigos sem bebida. Ficar só no suco, no refri, na água até? Loucura!!! A mídia contribui para isso, e muito! Nos comerciais, quem bebe sempre é legal, cheio de amigos, tem uma vida super animada. Também nas redes sociais impressiona o que tem de piada, de brincadeira, mostrando quem bebe como sendo o máximo!

Ano passado, durante uma noite italiana com amigos em São Paulo, me peguei pensando em como a Thabata, que ainda nem estava internada, poderia estar ali comigo e Samara. Não teria como!!! A não ser, claro, que as pessoas ali concordassem em abrir mão das bebidas. Será que abririam? Alguns sim, outros não. Talvez nem aparecessem se soubessem, talvez fossem embora cedo, porque não veriam graça na reunião. Complicado, né?

Mas isso começou a me incomodar, de verdade, no Carnaval. A Thabata estava ainda internada, e eu agradecia minuto atrás de minuto por isso. Afinal, era um comercial atrás do outro falando da folia... e de alguma bebida! Aqui em Serra Negra mesmo, lojas, bares, carrinhos, vendendo cerveja a rodo, quanto maior a quantidade comprada, mais barato era o preço. Como se Carnaval sem bebida não existisse! Eu  comecei a imaginar um dependente químico, a Thabata em especial, sendo bombardeado com estes estímulos o tempo inteiro! Sim, porque mesmo que a droga de preferência não seja o álcool, este É a porta de entrada, É o gancho para a recaída. O problema maior da Thabata foi a maconha, mas se ela der um gole, pode acabar voltando, porque uma coisa puxa a outra! E ter que lidar com a sua compulsão, tentando o tempo inteiro controlá-la, e ao mesmo tempo esbarrar a cada minuto com uma propaganda, um quiosque, deve ser desesperador!

Em uma comparação bem pequena, numa escala muito menor, eu me vi fazendo dieta na adolescência e minha irmã comendo chocolate na minha frente, dizendo que estava uma delícia! Era terrível para mim! Agora imagina isso em proporções tão maiores!

A dependência química tem que ser levada a sério, porque hoje é praticamente impossível encontrar uma pessoa que não conheça alguém que a tenha. Se não é dentro do seu núcleo familiar, é um parente, um vizinho, um amigo, um colega de escola ou trabalho. E o dependente é, de fato, um doente que precisa de cuidados e apoio para conseguir se tratar e manter sua doença sob controle. Além de frequentar os Narcóticos Anônimos, de se tratar com psicólogos e/ou psiquiatras, que possam oferecer suporte e, às vezes, uma medicação para baixar a ansiedade, além de muitas vezes ser necessária uma internação (ou várias), há ainda um sem número de pequenos cuidados que só fui aprender nestes últimos meses.

Durante a internação, por exemplo, não era permitido levar para a Thabata sucos de uva ou limão, porque a sua aparência remete a vinho ou caipirinha, e ativa a memória do dependente. Bebidas sem álcool não são bem-vindas, pelo mesmo motivo. Já houve quem recaísse e ficasse com todos os sintomas de alguém alcoolizado por ingerir cerveja sem álcool!

Também para ministrar um floral de Bach é necessário pedir para que seja preparado sem usar o álcool como conservante e, mesmo assim, ela às vezes sente o gosto! A homeopatia deve ser em glóbulos. Chocolates inofensivos, mesmo que não recheados de licor, podem ter álcool de cereais ou conhaque em sua composição, precisa ficar de olho nos rótulos. Sorvetes, doces, comidas de modo geral podem também ter  alguma bebida entre seus ingredientes. São tantos detalhes, que a cada dia aprendo mais e me torno mais alerta. Loucura? Quase! Mas vale a pena! Porque por essa garota aí, eu faço tudo! E não vou desistir de ajudá-la! Nunquinha!!! ;)


Além disso, se vamos sair com amigos para comer um lanche ou vamos receber alguém em casa, todo mundo que vai junto já sabe: só suco, água ou refri, bebida de jeito nenhum!!! Ah, não quer ir porque quando sai gosta de beber? Beleza, não vai mesmo, porque eu não vou ceder. Ponto. Simples assim. E isso vale para convites feitos a nós. Se vai rolar bebida, não vamos. Ou, se eu não tiver como escapar, por algum motivo, ela não vai.

Pois é... custou, mas saiu. Escrevi e reescrevi tantas vezes, que espero não tenha ficado confuso demais! :D Só gostaria que pensassem sobre tudo o que coloquei. Sobre como uma palavra, uma brincadeira, pode atingir pessoas de uma forma que certamente não imaginamos. Sobre a postura a se tomar se você sabe que entre seus convidados para determinada ocasião existe um dependente em recuperação. Será que custa tanto assim não servir bebida alcoólica? Aquela pessoa é tão pouco especial para você que não vale o "sacrifício"?

Entendam, não estou aqui, falando contra aqueles que bebem socialmente, que têm controle sobre a bebida.  Não estou levantando nenhuma bandeira em favor da abstinência. Longe disso. Eu, pessoalmente, não gosto de beber, mas não condeno aqueles que gostam. Mas é preciso que haja respeito e consciência com esse número imenso de pessoas que lutam diariamente com sua doença. Porque criticar e condenar é muito fácil...

Eu volto.

Andréa
(este acróstico eu levei para a Thabata em uma das visitas à clínica, buscando dar-lhe forças para prosseguir, firme, em seu tratamento)

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1 ano...


Quanta saudade, paizinho... um ano se passou, e ainda está tudo tão vivo em minha memória... aquela maluquice toda, iniciada com a tal da gripe, que virou anemia, e que virou... sei lá o quê! Só sei que em cerca de um mês você de repente adoeceu e não estava mais conosco! :( Você sabe o tamanho do medo que eu tinha, parece que já pressentia o desfecho, mas não queria acreditar. Como poderia? Você dizia para eu me acalmar, que "vaso ruim não quebra"... mas você nunca foi "vaso ruim", pai... e aí...

De repente eu me vi "cabeça" da família, tendo que segurar sozinha todas as coisas que antes dividíamos. E além de não mais dividir, ainda não podia pedir conselho, não podia mais desabafar, nada! Tinha que ser forte, para ajudar as meninas, que mais do que um avô, perderam seu pai verdadeiro também.

Tanta coisa aconteceu neste ano, pai... Samara foi uma parceirinha super presente, mas sempre falta algo, alguém... já era tão difícil viver com a ausência da mamãe, agora então... Eu acho até que tenho conseguido segurar legal, tenho mantido meu astral alto, mesmo com os baques todos que a vida tem me dado, mas esse vazio não acaba nunca, a saudade só aumenta a cada dia.

O que me acalma é saber que vocês dois estão juntos, que estão trabalhando, que estão bem e felizes... e que um dia o meu emocional vai aprender a se controlar e eu vou poder vê-los.

Mas hoje é dia de festa por aí, né? Seu primeiro aniversário de volta, então apesar das lágrimas de saudade que insistem em rolar, quero que não se preocupe. Eu continuo aqui, firme, lutando, amparando as meninas. Continue seguindo seu caminho, de muita Luz e, sempre que possível, venha fazer uma visitinha, mesmo que eu acabe me emocionando e interrompendo tudo, tá? EU AMO MUITO VOCÊ!!!

Andréa

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A-ha! U-hu! A Thabata é nossa!!!


É isso aí! Dia 23 finalmente terminou a novela "guarda"! Melhor do que esperávamos, porque quem estava na briga desistiu e não compareceu à audiência. Mas podíamos ter passado sem isso, né? Thabata teve uma crise violenta nos dias que antecederam a bendita, por pura ansiedade de encontrar com os ditos, que vou falar, viu? Parecia que tinha endoidado, e quase nos enlouqueceu junto! É a tal da "fissura", que eu nunca tinha presenciado! Loucura total!!!

Mas, graças a Deus, passou. A crise e a questão da guarda. Falta agora apenas o juiz homologar, mas é só uma questão burocrática, não tem mais conversa. E, o melhor de tudo, foi que ela passou isso tudo sem recair! :D Menina valente essa, viu? Porque não deve ser fácil lidar com essa abstinência em meio a uma crise que leva a ansiedade às alturas!

Por essas e outras ainda não escrevi o post que havia prometido, falando da dependência química. Claro que não é assunto para um post apenas, mas tenho algumas reflexões para compartilhar com vocês que, acredito, podem ajudar a diminuir o preconceito e facilitar um pouco a vida das pessoas que têm dependência química. Vou tentar fazer isso esta semana. ;)

Também faz tempo que não publico os textos do meu pai e as poesias da minha mãe. Preciso retomar. Na verdade, preciso retomar o pé da minha vida, que desde o começo do ano virou um tumulto só. Já mudei de casa, já estou com as meninas agora oficialmente falando, estou terminando a pós, continuo firme no banco... falta organizar a parte financeira, mas isso só com a venda da casa mesmo, não tem outro jeito. É questão de tempo, eu sei. Mas aí a ansiedade é minha, porque esse apuro deixa a cabeça doidinha! É uma ginástica maluca, cobre de um lado, descobre de outro... some-se a isso os cuidados com a Thabata e a tensão constante para que ela se mantenha firme, ainda não deu mesmo para colocar tudo em ordem. Mas eu chego lá! . ;)

Aproveitando o papo... o Projeto 52 está caminhando legal, em dia... milagres acontecem!!! :D Vocês podem ver os scraps no link que tem na parte superior. Outra coisa: a loja está bombando! Tem lançamento de cortinas de box, além de cobertores e bolsas em promoção! Eu, no seu lugar, não perdia! ;)

Eu volto!

Andréa

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Xô, inferno astral!!!

Vai dizer que você achou, realmente, que eu não ia perceber que você resolveu emendar um aniversário no outro? :s Desde o meu aniversário passado, lindamente comemorado com muitos amigos em Sampa, que eu tenho levado um baque atrás do outro! Não foi tanto assim? Ok, vamos relembrar então:


  • Maio - não tinha nem passado um mês do meu aniversário, e o primeiro baque (o maior, o mais violento, o mais dolorido, o que ainda não foi superado) chegou: a partida inesperada do meu pai!
  • Junho - o ápice da crise "Thabata", que culminou na aceitação dela pelo tratamento e, por consequência, a ida dela para a clínica.
  • Julho - a confusão em torno da primeira visita à Thabata, com minha consequente entrada na justiça pela guarda, tanto dela quanto da Samara.
  • Agosto - a partida da Milla, minha querida e fiel companheira, que ainda faz uma falta danada!!! Não consigo não lembrar dela...
  • Setembro - primeira audiência pela guarda das meninas, momento de tensão por motivos óbvios. e que não terminou da forma como eu gostaria, ainda que não tenha sido de todo ruim.
  • Outubro - recaída de comportamento da Thabata, o que causou uma extensão do tratamento por três meses. Ok, não achei tão ruim assim, porque ela iria ficar protegida nas festas de fim de ano e no Carnaval, mas ainda assim não era o que eu esperava ou queria.
  • Novembro - foi um mês mais "light", digamos assim, à exceção do início do período de chuvas e o aumento da tensão por causa disso.
  • Dezembro - aqui houve, de fato, uma trégua, com a viagem dos sonhos que eu fiz com a Samara para o Rio. Mas eu também tenho direito a férias, não? A última vez que havia viajado, para valer, coisa de uma semana inteira, tinha sido em 1999, para Poços de Caldas! Acho que esses míseros quinze dias foram mais que merecidos!!! ;)
  • Janeiro - mal voltamos das férias e... enchente! De novo, um repeteco do ano anterior, com prejuízos imensos novamente! Um mês fora de casa, eu e Samara na casa de uma pessoa amiga, com medo que houvesse mais uma repetição.
  • Fevereiro - quase no meio do mês, decidimos voltar para casa e... outra enchente! :( Sem comentários, né?
  • Março - claro que foi marcado pela volta da Thabata, mas também pelas preocupações com as finanças! Os prejuízos foram muitos, as dívidas se acumularam, acabei alugando casa para não correr mais riscos... e isso é de tirar o sono de qualquer um!!!
Que tal? Não acha que caprichou demais não? Então vamos combinar uma coisa? Já que amanhã é meu aniversário, e seu prazo de validade mais que expirou, vê se me esquece e vai assombrar outro, please? ;)

Muito bem, brincadeiras à parte, não pensem que escrevi tudo isso para me fazer de coitadinha. Foi mais para, sei lá, espantar os fantasmas ou fazer um balanço. O último ano, desde o meu último aniversário e descontando a enchente do ano passado, foi realmente pesado. Esse mini resumo aí não dá nem ideia de tudo o que passei, do que senti. Foi brabo! Está sendo ainda! Mas no começo do ano, com as duas enchentes, já falei demais dos meus dramas, porque realmente precisava de ajuda. Não só financeira, mas de colo mesmo. Então, abri meu coração, acabei me expondo mais do que costumo fazer.

Muitos de vocês nem sabiam de boa parte do que escrevi nessa retrospectiva, e isso por dois motivos: primeiro, eu não gosto de ficar falando dos meus problemas e, depois da enchente e do falecimento do meu pai, se eu começasse a enumerar tudo o que estava me acontecendo, certamente muitas pessoas acabariam por se afastar. Não é agradável conviver com alguém que só fala de desgraça! Além disso, para não expor a Thabata. O problema não começou em junho, é evidente. Ali foi o ápice da crise, e ela acabou aceitando se tratar. Graças a Deus hoje está bem, firme no propósito de se manter limpa, mas até chegarmos a isso foi barra! Na verdade começou muito antes de quando descobrimos, começou quando ela ficou morando com a ex do meu pai, à nossa revelia, é claro, até o falecimento da tal. Algo, também, que muitos desconhecem. Mas foi essa mulher, Ana Maria, quem ensinou a Thabata a usar drogas.

Por tudo o que aconteceu, tive muito medo, confesso, de me tornar uma pessoa depressiva, amarga. Acabei, eu mesma, me afastando de muita gente. Não por vontade, mas porque não sou hipócrita, e é difícil falar que está tudo bem quando não está. Mas eu não queria, voltando ao que falei acima, ficar falando sobre tudo o que estava acontecendo. Essa parte deixei para pouquíssimas pessoas. Umas que busquei para pedir ajuda, abertamente, outras que perceberam que havia algo de errado acontecendo e que se interessaram, deram abertura para o desabafo. Dessas pessoas eu tenho abusado, muito! Fico até sem graça, às vezes, mas eu tenho precisado demais disso. A pior parte de tudo o que aconteceu, foi a partida do meu pai, sem sombra de dúvida! Além da falta em si, ainda a falta dos conselhos, dos papos por telefone ou email, o entendimento mútuo... aí, né? Sobrou para essas pessoas, que resolveram me oferecer ajuda! Quem mandou? :D

Nesse período todo, senti muita falta dos papos, de participar mais ativamente dos grupos sobre inclusão, assunto que tanto me fascina e interessa, mas não queria ser "a chata", "a que só tem problema". Por outro lado, passei a fazer parte de um grupo "real", sobre dependência química, para poder ajudar a Thabata, onde também tenho aprendido muito. Esse grupo, o "Amor Exigente", me abriu os olhos para uma realidade que até então eu desconhecia. O que sabia sobre dependência química eram os reflexos da chamada codependência, aquela que eu vivenciava, dia após dia, enquanto Thabata ia afundando. Agora eu conheço a doença, aquela que é tão pouco entendida, que é rodeada de tantos preconceitos.

E foi por isso que resolvi falar no assunto agora. Há algum tempo venho tendo vontade de escrever um pouco sobre isso, sobre minhas percepções. Mas ninguém ia entender se eu escrevesse sobre dependência química, de uma hora para a outra, então fui adiando. Esperei a Thabata sair da clínica, vi que ela fala tranquilamente sobre o problema, sobre a internação. Perguntei a ela, antes, o que ela pensava sobre isso, e ela me deu a maior força. Então, breve, haverá um post sobre este tema, ok? Ou mais de um! ;)

Enquanto isso, vamos tocando em frente! Antes que pensem que estou deprê, esqueçam! Posso ter uma baixa de vez em quando, mas levanto, não perco a Fé jamais! Está difícil, principalmente, como disse lá em cima, a parte financeira. Mas sei que algo irá acontecer, as coisas vão dar certo! Ainda não sei como, mas que vão, vão!

Bom, eu fiz algumas alterações aqui no blog, para dar espaço aos scraps deste ano. Então, no item Referências, do lado direito, estão os links para o Projeto 52 - 2011, o Scraps 2011, e o Fotolivro Rio 2011/2012. Os links de cima, do Projeto 52 e do Scraps, já estão atualizados para 2012. Sim, comecei o Projeto 52 deste ano. Já fiz janeiro e fevereiro!!! :D O último, por enquanto, é esse:


A loja também continua ativa, ainda que nos últimos meses eu a tenha deixado meio de lado. Tem até cobertor em promoção!!! Vai lá espiar! ;)

Eu volto!

Andréa

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Parabéns, Tha!!!


(postado um pouco antes porque o soninho já estava batendo, e amanhã tem trampo cedo!!!)

Meu amor, que alegria ter você perto no seu aniversário! Já estava achando que isso seria impossível, sabia? Mas qual nada... você foi mega valente, enfrentou tudo, e agora está aí... comemorando mais um aniversário! 16 anos... moça, quase adulta! Mas, mais do que isso... hoje a gente comemora mais um dia, né? Nove meses e dezoito dias, um passo por vez, aos pouquinhos vai conquistando sua nova vida!

Não é fácil, ao contrário. Está sendo bem complicado, um aprendizado diário, seu e nosso. Altos e baixos, crises, mas tudo isso faz parte, e a gente vai vencer essa! Porque, acima de tudo, está o AMOR, e esse não há quem derrube! Não desisti e não desisto! A gente vira o jogo, ô se vira!!!

Curta bem o seu dia, mas com consciência, responsabilidade, porque é assim que tem que trilhar cada momento de sua vida, sabe disso. Você amadureceu muito, aprendeu muita coisa, e ainda vai aprender muitas mais. A ser tolerante, por exemplo, e paciente, menos estressada... :D Calma, você chega lá!

Um Feliz Aniversário, querida! Lembre que sua Dinda ama MUITO você e que torce, diariamente, para que tenha uma vida linda, plena, feliz!

Beijos mil!

Dinda

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