Cumprindo a promessa!!! ;)


Eita semaninha corrida essa!!! Ensaiei várias vezes para passar por aqui, mas o cansaço falou mais alto! :/ Mas, ainda que já no finalzinho, consegui chegar!!! :D E ainda deu tempo de colocar mais dois produtinhos na loja!!! Blusões de frio, com capuz, com e sem zíper! Por enquanto só disponibilizei os modelos femininos, mas os masculinos e infantis já existem! Falta SÓ eu ter tempo de montar layouts para colocar na loja! ;) Mas espiem só se não ficaram lindos!!! Estou apaixonada!!!



Como prometido, segue uma poesia de minha mãe. A primeira de seu caderno, ela com 14 anos! E para quem mais seria, senão para o grande amor de sua vida, já naquela época? Um amor de toda a vida e além, com toda a certeza! <3 p="">

NÓS DOIS
(Solange Tikhomiroff - outubro/1963)
Eu, procurando fingir,
Procurando a mim mesma mentir,
Maltratei nossos corações...
Você, calmo e paciente,
Provocava em minha mente,
Um turbilhão de emoções
Eu, fugindo sem querer,
Procurando lhe esquecer,
Acabei amando assim,,,
Você, tão querido e sincero,
Com esse olhar tão singelo,
Quase afastou-se de mim
Nós dois, unidos agora,
Esquecemos toda a dor,
Que maltratou-nos outrora,
Só pensando em nosso amor
Eu volto!!!

Andréa

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Novidades Scraps by Andrea


Olá!!! :) Hoje vou passar rapidinho, só para fazer um convite a todos vocês: conhecer a nova seção da Scraps by Andrea: ROUPAS!!! Sim, roupas totalmente personalizadas, com a estampa que o cliente desejar! :D Além dos modelos disponíveis, tem vários outros prestes a serem comercializados também! Fiquem de olho!!! ;)

E não são só roupas não!!! 


Um modelo novo de relógio de parede, um carregador portátil de celular, bússola, e até prato de porcelana!!! Visite a loja para ver tudo o que está disponível!!!

A loja ficou um pouquinho abandonada, porque os Correios mudaram o processamento dos produtos vindos do exterior, e algumas entregas têm demorado muito (e quando falo muito é muito de verdade) para chegar. Mas agora eles já oficializaram essa explicação no site, eu atualizei as Políticas da Loja e a sua descrição e, estando tudo às claras, os pedidos voltaram a chegar. Então, vamos agitar o pedaço! :D Agindo com transparência, o cliente estando ciente das condições, está tudo certo! ;)

Ah sim!!! O Projeto 52 de 2014 já foi para a lateral direita, junto com os anos anteriores! O link ali de cima agora direciona para o de 2015, que começou e está em dia! :D (milagres acontecem, oras!)

No próximo post trarei uma poesia de D. Solange... faz tempo que ela não aparece por aqui, né? ;)

Eu volto! 

Andréa

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De novo a pena de morte em discussão...


E olha eu aqui de novo!!! :D Falei que seria mais ativa, né? Por enquanto está funcionando!!! ;) Eu já tinha pensado em um próximo post, na verdade, colocando um texto do meu pai. Mas a polêmica em torno da execução do brasileiro Marco Archer, na Indonésia, onde foi condenado por tráfico de drogas, antecipou tudo.

Os comentários que encontrei por aí foram os mais diversos. De um lado, os que se posicionaram contra, fosse por pena, ou por convicção religiosa, ou mesmo por crença própria, de que não pode o homem decidir pela vida ou morte de seu igual. Por outro lado, os que se posicionaram a favor, afirmando que ele "mereceu" aquele destino, por ser traficante, por ter ido para um país onde a lei "funciona". O segundo grupo, aliás, em boa parte afirmou seu desejo de termos, aqui no Brasil, leis semelhantes. Complicado, polêmico... :/

Mais uma vez, a intolerância se fez presente, em especial através do grupo dos "a favor", que tomados pela raiva e pela revolta, acusam aqueles que são contra o ocorrido de defenderem um criminoso, de transformarem um criminoso em herói, de só o estarem defendendo por ser brasileiro, entre outras coisas. Mas a questão é mais profunda.

Pena de morte. Eu sou contra, sempre fui. Não acredito que haja diferença na morte infligida de um ou outro lado da lei. Se é bandido é crime, se é determinado pelo juiz é justiça. Para mim, é tudo igual. Não acho que ser humano nenhum tem direito de dispor sobre a vida de seu semelhante, seja por que motivo for. Um erro não justifica o outro. Não podemos nos "nivelar por baixo". Só Deus tem a capacidade e a sabedoria para determinar quando o ciclo da vida de cada um de nós termina. Portanto, meu lamento não é pelo Marco Archer apenas, mas por todos os que foram executados ontem, e antes deles, e que serão executados após eles. Na Indonésia ou em qualquer outro lugar.

O tráfico de drogas é um crime gravíssimo, não há dúvida. Como tal, deve ser punido, da mesma forma que qualquer outro crime. Mas não com a morte. Decidir a morte de um indivíduo não é de competência de homem nenhum. Simples assim.

Mas meu pai, há muitos anos atrás (creio que mais de vinte) escreveu um texto que já usei aqui no blog, mas que continua tremendamente atual. Um dos melhores dele, eu acho, uma obra-prima. Nunca é demais relê-lo. E é este texto que deixo aqui para a reflexão de todos.

Eu volto.

Andréa

PENA DE MORTE: O HOMEM SE DIZENDO DEUS...
Ronaldo Tikhomiroff

A cada novo crime, dito hediondo ou bárbaro, com que nos deparamos, voltamos a ouvir o clamor generalizado da instituição da pena de morte em nosso país, uma solução simplista para se tentar corrigir um mal produzido pelo próprio homem.

É triste, muito triste, se constatar que o bicho-homem está cada vez mais se tornando bicho do que homem. Como se já não bastasse a pena de morte decretada aos que morrem de fome, de frio, de doenças por total descaso ou insensibilidade do próprio homem para com seus semelhantes, vemos agora, com a justificativa de aplacar a indignação geral face aos crimes bárbaros recém perpetrados, a volta dos apologistas da pena de morte, pobres de espírito que, à falta de coisa melhor, se voltam para a animalesca solução do extermínio institucionalizado daqueles que, seja por que motivos for, praticaram um crime bárbaro ou hediondo, como virou moda falar.

Com que direito o homem se apropria da vida alheia? Se criminosos há, como de fato há, cabe a nós, pobres mortais, julgar algo que transcende nosso próprio conhecimento - pois não somos simples formas animais de vida? A cada ser humano foi dado o direito e o privilégio de viver e conviver com nossos irmãos da Natureza neste planeta, onde a harmonia e a fraternidade deveriam imperar. Através do mau uso do seu livre-arbítrio, o homem se afastou de seus princípios e se tornou, cada vez menos divino, cada vez mais animal, onde sequer respeita seus próprios semelhantes.

Através da criação de fronteiras, o homem retalhou o planeta que o recebeu, com toda a honra, como hóspede e com isso plantou a discórdia. Criou o dinheiro e colheu a ganância. Criou o progresso econômico e devastou a casa que o acolheu. Seu livre-arbítrio acabou por levá-lo a destruir seu próprio habitat, deixando-o sem perspectivas de sobrevivência. Sua sede de poder levou-o a guerras onde só conseguiu a destruição e o aniquilamento de seus semelhantes, que deveriam ser amados por ele.

Pobre bicho-homem! Agora, em um país destruído pelo famoso "jeitinho" e não menos famosa "lei de Gerson" ou "lei da vantagem a qualquer custo", que chega ao 1o.mundo com notícias de corrupção, matança de crianças, e coisas afins, renasce não o movimento neonazista, não o movimento racista, mas algo tão ou mais detestável: o movimento pela instituição da pena de morte. Em outras palavras, o atestado de incompetência e de total degradação do ser humano: seu ego tenta fazê-lo SENHOR DA VIDA, título que, ao que sabemos, pertence a alguém bem mais nobre e sábio: DEUS.

Antes de se voltar para uma reação de pura vingança, travestida de "medida preventiva" para coibir novos casos bárbaros, o homem deveria procurar entender a própria vida e a sua própria espiritualidade. Todas as seitas, religiões e movimentos espiritualistas pregam a luta do bem contra o mal. Porém, o que é o bem? QUEM definiu o que é bem e o que é mal? Existiria o conceito do bem, sem a existência do mal? Será Deus uma entidade malvada, que se utiliza de dois pesos e duas medidas? Será Ele tão pequeno assim?

Não podemos discutir, se é que cabe discussão, o problema da pena de morte sem levarmos em conta, e em primeira instância, a espiritualidade e a transcendência da vida espiritual. Afinal, todas as seitas, religiões e afins têm como verdade estes conceitos. Se no passado o homem-religioso sacrificava seus semelhantes para "aplacar a ira dos deuses", e hoje abominamos tal prática, como podemos aceitar o sacrifício de vidas humanas para "aplacar a ira dos homens"? Será o homem superior a seu próprio Criador? Será que o homem está-se intitulando DEUS? Será que chegamos a mais este absurdo?

Se tentarmos criar uma escala de valores para os males causados pelo ser humano a seus semelhantes, atribuindo a cada item uma penalidade, onde ficam classificados os crimes hediondos? Afinal o que é crime hediondo? não seria também hediondo se privar milhões de pessoas de seu único meio de sobrevivência atual, as suas economias? Quantos perderam suas esperanças, não puderam atender suas necessidades básicas de saúde, alimentação, quantos perderam a própria vida pela irresponsabilidade de uns poucos que se intitularam salvadores da pátria em um passado recente? Seriam estes passíveis de pena de morte? Aqueles que desviam os recursos arrecadados de uma população cada vez mais pobre, recursos estes destinados aos programas de saúde, aqueles que aviltam os preços de medicamentos e alimentação básica, levando seres humanos à morte, muitas vezes com muito sofrimento, seriam condenados à morte? não são estes também assassinos frios e calculistas, traidores da confiança de seus semelhantes? Tem o homem realmente a noção do CERTO e do ERRADO?

Estamos neste planeta, hoje encarnados, por algum motivo. Isto nos parece óbvio, sob qualquer prisma espiritualista. Se aqui estamos, devemos HONRAR a vida que nos foi dada pelo amor de nosso Pai. Todos temos que desempenhar nossos papéis da melhor forma possível, voltados sempre para a HONRA de estarmos vivos. Se alguns de nossos irmãos, pois os criminosos hediondos TAMBÉM SÃO NOSSOS IRMÃOS EM DEUS, agem de forma a nos causar danos, por vezes até mesmo a morte, devemos ter por eles um sentimento de culpa, um sentimento de respeito, um sentimento de amor, pois eles não souberam HONRAR sua vida, talvez até por não lhes termos dado esta chance, e somente Quem lhes deu esta dádiva pode julgá-los. Se passamos por momentos de dor, causados por esses irmãos, não serão eles agentes involuntários de uma situação que DEVERÍAMOS passar em nossa caminhada? Conhecemos nossas vidas passadas? Não fomos, em qualquer tempo, iguais a eles e não nos foi dada outra chance de nos redimir? A redenção é a vingança? Quem somos nós para julgar os desígnios de Deus?

Se olharmos em nossa volta, verificamos que o caos está cada vez mais presente em nosso mundo. O homem parece ter conseguido despedaçar a harmonia em todo o planeta. Tudo o que hoje estamos colhendo é fruto de nossa própria sede de poder, ganância e descaso com nossos semelhantes, em última análise, com nosso Criador. NÃO SOUBEMOS HONRAR A DÁDIVA DE ESTARMOS AQUI! Esta é a grande verdade, doa a quem doer. Se os animais procuram, através de seu instinto, manter o equilíbrio em seu habitat, se os animais EXPULSAM seus irmãos de espécie que praticam algum crime, nós, os seres ditos humanos, querendo ser maiores do que Deus, nos tornamos piores do que os animais, pois pensamos em MATAR nossos irmãos de espécie. Como somos pobres!

Se hoje vemos o desamor e o total descaso pela vida, no sentido mais elevado, manifestados pela grande maioria da raça humana terrestre, devemos entender que é por nossa única culpa, por havermos nos afastado de nossas origens, as quais olvidamos em passado longínquo e tentamos buscá-las sem sucesso por séculos e séculos. O homem criou seitas e religiões baseadas em algo que ele conhecia, mas não sabia explicar. Afinal, como explicar através do raciocínio leis transcendentais? A própria ciência humana hoje se contradiz a cada instante!. As próprias seitas e religiões, cujos fundamentos são únicos e verdadeiros quaisquer que sejam seus nomes, também se afastaram de suas origens e não souberam aplacar a Grande Dúvida: POR QUE ESTAMOS AQUI? POR QUE TEMOS QUE MORRER? O QUE É, AFINAL, A MORTE? A falta de sucesso no aplacamento de tal dúvida, que seria, em última análise, a verdadeira FÉ, a certeza interior e inquebrantável, levou o homem a desistir e se transformar em um verdadeiro parasita para o planeta e para seus próprios semelhantes.

Da mesma forma que hoje o homem procura "remendar" o planeta, destruído por suas próprias ações, também hoje procuramos "consertar" nossos semelhantes através de penas desumanas, irracionais ou bestiais. Mais uma vez o ser humano estará satisfazendo seus instintos animalescos, deturpados pela sua própria história. Estará satisfazendo a vontade do Pai? Se assim o fosse, o próprio Pai se incumbiria dessa tarefa macabra! Porém, sem sombra de dúvida, Ele é muito maior, muito mais sábio!

O que fazer? Como lidar com os ditos criminosos hediondos? Evidentemente não será matando-os que estaremos contribuindo para a reversão do caos. Soluções humanas existem. Através da educação, da saúde, do RESPEITO AO PRÓXIMO, e do amor à vida, podemos construir, ou melhor, reconstruir um mundo melhor. Mas a verdadeira solução está dentro de nós mesmos. Quando deixarmos de querer ser Deus através de nossa mente e de nossas emoções e passarmos a ser Deus através de nossa aspiração e nossa ligação espiritual com o Todo. Afinal, numa dimensão superior, transcendental, cósmica, aí sim, somos DEUS!

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O Enem 2014 e a Educação




A divulgação do resultado do Enem/2014 trouxe novamente à tona a discussão sobre a qualidade do ensino no país. A baixa nas notas, em comparação com o ano anterior, o crescimento assustador de notas zero nas redações vêm demonstrar que há algo de muito errado acontecendo, e não é de hoje. Alguma novidade nisso? :/

O problema é que a Educação, como um todo, precisa mudar. E a mudança tem que ser desde a base, de forma a proporcionar, de fato, aprendizado aos alunos, a todos eles, respeitando a diversidade, tornando-se inclusiva de verdade. Impossível? Claro que não. Mas requer vontade de mudar, disposição em todas as instâncias e, acima de tudo, coragem. ;) 

A cada dia que passa surgem novas experiências, não só por aqui, mas no exterior também, de formatos completamente diversos deste que conhecemos, e que vêm funcionando muitíssimo bem. Por que não olhar em volta? :D Esse modelo de alunos sentados nas carteiras com o professor à frente explicando a matéria, para depois serem avaliados através de notas, provas, podia até funcionar antigamente, hoje não mais. Bom, na minha opinião, há muito tempo que não. E os alunos são, hoje, muito mais "ligados", "conectados", ativos mesmo. Como é possível querer que fiquem sentados, ouvindo o "blá-blá-blá" dos professores passivamente? Perde-se o interesse fácil!

Quando eu estava na escola, e isso já faz um tempinho, nunca consegui enxergar a prova como sendo instrumento de avaliação. Para mim, era muito mais um instrumento de tortura! Quem nunca se sentiu assim? Eu chegava a ter crises de asma em véspera de prova, isso não pode ser saudável! :(

As provas retratam, no máximo, um momento do aluno, não necessariamente o seu conhecimento. Até porquê ele pode "colar" do colega... ;) Se ele não dormiu bem à noite, se a avó está doente, se o pai brigou ou, até mesmo, se estiver muito nervoso, pode tirar uma nota baixa apesar de saber a matéria. Quem nunca teve um "branco" na hora de uma prova? Eu já, e foi terrível! :( Fora erros "de distração", que eram o meu terror na matemática. Era a matéria que ia melhor, mas vira e mexe fazia umas besteiras... que nem eu mesma acreditava quando via a correção do professor! :/ E, na verdade, não é assim sempre? Ou você nunca teve algum dia de não se sair bem no trabalho por alguma questão externa? Por "não estar bem" ou "não estar com cabeça" para aquilo ou... "estar meio devagar"? Natural que sim! Não somos robôs!

Apesar desse meu sentimento desde sempre, a comprovação veio quando a escola onde minha irmã estudava fez uma experiência com ela, que estava se saindo mal em matemática, e a professora não entendia o motivo, porque ela parecia saber a matéria. O que fizeram então? Passaram uma folha de exercícios, para a sala toda resolver, e no final a professora corrigiu o exercício de minha irmã como se fosse prova. Ela teria tirado 8,5 ou 9,0. No dia seguinte, aplicaram a mesma folha, mas mudaram o nome para "prova". A nota dela caiu para 3,5! o.O Ela não sabia a matéria ou simplesmente tinha pânico de prova? E o que fazer? Reprovar porque ela não tinha nota ou aprovar porque ela sabia a matéria? Percebe?

Sem contar que a maior parte das provas é feita sem que o aluno possa consultar seu material. Por quê? Para consultar (e não "colar" ou simplesmente copiar), o aluno tem que saber o que está buscando, e onde encontrar. Teria muito mais tranquilidade para responder se soubesse que tinha o suporte de poder olhar o material, caso fosse preciso. E, em muitos casos, este suporte nem seria usado, apenas estaria ali, dando maior segurança. Afinal, o professor não consulta seu livro quando está explicando a matéria? Não faz anotações, lembretes? Um palestrante não tem fichas para guiar sua apresentação? Um empresário não tem seu discurso impresso quando vai falar em público? Ah sim, nem todos! Há os que falam de improviso, há os que fazem palestra sem precisar de apoio, mas estes têm um talento nato ou, pelo menos, um treino absurdo, não é o padrão! Então porque se exige dos estudantes que saibam tudo "de cor e salteado"? Para quê tanta pressão? É massacrante isso! :(

Eu lembro de uma prova de Física que fiz no Ensino Médio, e que exemplifica isso tudo. Eletricidade. Estudei com meu pai, que era engenheiro eletrônico, até ele me mandar parar e relaxar porque estava mais do que preparada para a prova, até para tirar dez! No dia seguinte, na hora em que peguei a prova, eu não lembrava NADA! Nada! :'( Foi me dando um pânico... tinha certeza de que ia zerar, porque não conseguia lembrar. E quanto mais nervosa ficava, mais difícil da memória funcionar, óbvio. O que me salvou foi o professor, que percebeu meu mal estar, passou por mim perguntando se estava tudo bem, e eu respondi que não. Aí ele me soltou uma parte de uma das frases que usava para que decorássemos as fórmulas. Eu lembrei aquela, anotei correndo e fui procurar a questão onde ela poderia ser usada. E ele fez isso algumas vezes, passava por mim, soltava alguma coisa e, com isso, cheguei a tirar uma nota seis. Mas, se o professor não me conhecesse ou não tivesse sensibilidade, eu teria tirado zero mesmo tendo domínio da matéria. Seria justo? Agora, se fosse permitida a consulta, eu não teria passado o nervoso que passei, porque uma olhada rápida no caderno seria mais do que suficiente para eu ter resolvido a prova inteira, sem nenhuma dificuldade, e minha nota teria sido até melhor.

Então como avaliar o conhecimento? No dia-a-dia, a partir da interação aluno x professor. Usando a chamada avaliação formativa, que é contínua, e que compara o aluno com ele mesmo, e não com o todo. Que valoriza o tamanho do passo dado pelo aluno, mais do que o ponto atingido. Que consegue detectar pontos que não ficaram bem esclarecidos, permitindo um eventual reforço logo que surge a necessidade. É uma avaliação que ajuda a valorizar as competências ao invés dos déficits, e usar os pontos fortes para superar os eventuais pontos fracos. É uma forma de avaliação que favorece a inclusão também, porque o ritmo do aluno é respeitado, as conquistas são valorizadas, os pontos "falhos" são trabalhados. Desta forma, ao invés de esperar que todos atinjam um mesmo patamar ao mesmo tempo, espera-se que todos cresçam, verdadeiramente, de forma contínua e consistente. :D

Sem contar que, em muitos casos, o que se ensina na escola não tem aplicação prática depois! Muita coisa é ensinada sem um contexto próximo que dê significado daquilo ao aluno. Não se usa a realidade do aluno, o interesse dele. Usando de sinceridade: quanto da matéria que aprendeu na escola você se lembra? Ou, pior, faz uso no dia-a-dia? Você lembra mesmo a tabela periódica, os íons, prótons, elétrons, combinações, cálculos, que aprendeu anos a fio em Química? É relevante para você saber se no texto que está escrevendo tem uma oração subordinada "não sei das quantas"? Você lembra como calcular um circuito elétrico? Lembra as datas de todas as batalhas da História? Melhor ainda: lembra todos os afluentes do Amazonas? :/ Ah, então nada disso deve ser ensinado? Claro que deve! Mas de forma coerente, trazendo para o cotidiano do aluno a sua finalidade, dando significado para o que está sendo ensinado. Mais do que isso: deve-se estimular a curiosidade do aluno, para que ele queira saber mais, queira pesquisar, descobrir. ;)

É como aquelas "provas do livro" que eu tinha em menina, e que devem existir ainda. Você lia um livro, escolhido pelo professor, e depois tinha que fazer uma prova sobre ele. Eu o-di-a-va! Sério! E olha que eu sempre li muito! Era frequentadora voraz da biblioteca da escola, minha mãe era sócia daquele "Clube do Livro" e vivia comprando novidades para todos em casa, eu inclusive (claro!). ;) Mas eram livros que me interessavam, que eu "devorava", e sobre os quais eu poderia falar a respeito, tranquilamente. Agora... ler forçada? Já lia de má-vontade! :/ Ainda mais se o professor não soubesse "vender" a ideia. O melhor exemplo disso é o "Anarquistas Graças a Deus" da Zélia Gattai, que fui obrigada a ler como parte da disciplina de OSPB (nossa... alguém lembra disso???) quando estava na 8ª série. Eu odiava a matéria, a professora, e li o livro com taaaaanta vontade, que detestei desde a primeira página. :( Algum tempo depois, a minissérie foi lançada na Globo, e eu nem assisti (eu,hein? o.O). Mas minha mãe viu, e se interessou em ler o livro. Amou. E falou tanto, com tanta vibração, que eu resolvi reler, agora com outros olhos. Conclusão? Virei fã ardorosa da Zélia, li todos os livros que ela escreveu, diversas vezes! Aliás, preciso reler novamente, faz tempo que não faço isso!!! :D

E isso já é visto em escolas no exterior, e em algumas "escolas alternativas" aqui no Brasil. Nestas escolas pioneiras, os alunos são os senhores de seu aprendizado. São o elemento principal. Os professores são mediadores, instigadores, orientadores. As classes, turmas, séries, não são tão importantes em muitos casos, porque um aluno mais velho, ou com maior domínio de alguma disciplina, pode auxiliar aquele que está começando. E pode aprender com este também, porque não? Os saberes são tantos! :) Nestas escolas, as salas de aula inexistem no formato que conhecemos, muitas vezes nem têm paredes, e ao invés de carteiras tradicionais encontramos outros formatos, agrupamentos, além de sofás, poltronas... o conhecimento é obtido pela pesquisa, que parte do interesse dos próprios alunos, e o professor ajuda no direcionamento, questiona, abre novos pontos de vista, relaciona outras disciplinas àquela que estiver servindo de eixo principal. Ah, mas assim o aluno só vai aprender o que quer! Não! Ele vai querer saber cada vez mais, vai ser desafiado o tempo todo, vai ficar curioso, vai ter que "botar a cabeça para funcionar". :D Não vai ser um elemento passivo, mas ativo. E muito ativo. Mesmo alunos com deficiência intelectual são favorecidos em uma estrutura assim. Porque eles passam a ter voz, a serem desafiados. Precisam sair da "zona de conforto" e ir em busca, tornar-se mais independentes. ;) Os exemplos mais conhecidos talvez sejam as escolas com a metodologia Waldorf, e a Escola da Ponte em Portugal, mas existem muitas outras trilhando estes caminhos, distanciando-se da educação tradicional. 

Sem contar que muitas destas escolas têm usado a tecnologia a favor da Educação. Ao invés de proibirem o uso de tablets e celulares, estimulam. Sem que sejam usados às escondidas, os alunos aprendem a extrair dessas ferramentas, conhecimento. Fazer pesquisas, compartilhar informação. A música pode sair do fone de ouvido para ter relação com a História, com a Língua Portuguesa, e até com a Matemática! :D Num mundo globalizado como o de hoje, onde está se tornando mais fácil encontrar um aluno sem tênis do que sem celular, não há mais como fugir da tecnologia. E como negar que aprender usando computador, tablet, celular, internet, fica muito mais divertido e interessante? ;) Havendo interesse no aprendizado, as distrações deixam de fazer sentido! Há tempo para tudo! 

O que essas escolas têm feito, na verdade, é aproveitar as inteligências múltiplas descritas por Gardner! Porque cada um tem uma forma de aprender, de processar as informações. Não à toa, cada um tem mais facilidade em determinadas disciplinas do que em outras. Mas se souber usar suas habilidades, acabará por conseguir superar as dificuldades a aprender de tudo! :D 

E as escolas que têm mudado sua visão estão observando melhoras no rendimento dos alunos, e em muitos casos são estes alunos justamente que se sobressaem em avaliações do governo (como seria o Enem) frente aos alunos ensinados ainda pelo método tradicional. Como assim? Se não estão habituados a fazer provas, a serem cobrados? o.O Sim, mas eles SABEM as matérias de fato, então torna-se tranquilo demonstrar isso. Não carregam o peso de terem sido cobrados o tempo inteiro, de terem que provar a todo momento se estão realmente aprendendo. Os alunos têm confiança em si mesmos, têm segurança naquilo que conhecem, porque aprenderam de verdade, de maneira consistente. Responder sobre aquilo torna-se natural e, até mesmo, desafiador. E eles já aprenderam que desafios estão aí para serem encarados e superados! ;) Como diz José Pacheco, da Escola da Ponte: "o que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares." E ainda completa: "dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão." Preciso dizer que sou fã de carteirinha desse sujeito??? :D

Ah, mas você está falando de uma utopia! Não!!! Como disse, há diversas escolas, em diversos países, experimentando essas mudanças. Não é algo que ocorre de um dia para o outro, claro que não. Até porquê mudar a mentalidade das pessoas é muito difícil. Estes dias mesmo vi uma reportagem falando que a França está debatendo a abolição das notas nas escolas. De onde está vindo a maior resistência? Dos pais! o.O Como cobrar os filhos sem o boletim??? É complicado para eles perceber que neste sistema não há porque haver tanta cobrança, porque o aprendizado irá acontecer de forma gradual e muito mais tranquila. É outra forma de lidar com as coisas. Então, não é só mexer com a estrutura das escolas, com a formação dos professores, é uma mudança que irá refletir na sociedade como um todo. Mas é necessária, cada vez mais. E aí? Será que você está disposto? ;)

Eu volto.

Andrea

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Movimento Down


Quem me conhece há algum tempo, sabe que me envolvi com as questões ligadas à inclusão por causa da síndrome de Down. É paixão antiga, e cada vez mais crescente. Não por acaso, pessoas com Down estão sempre presentes em minhas fotos, scraps, posts! Foi por eles que cursei Pedagogia e me especializei em Educação Inclusiva. Ainda que não aceite o termo, porque, afinal, não posso aceitar uma educação de verdade desvinculada da inclusão. Para mim educação é uma coisa só, para todos, sem "mas" ou "talvez". Tem que ser!

E é sobre essas pessoas que venho dar uma dica hoje, de um site recheado de materiais de primeira qualidade: o Movimento Down. É muita coisa que tem ali. Quem tem alguém com Down na família ou próximo, PRECISA conhecer! Quem não tem, PRECISA conhecer também! Informação é fundamental para derrubar rótulos e preconceitos, né? ;)

Então, faça uma visita (ou várias), leia, cadastre-se, curta a página do Facebook para receber as atualizações! :D Destaque para dois materiais fundamentais, disponíveis para download gratuito: o Guia de Estimulação para Crianças com Síndrome de Down e a Cartilha "Educação Inclusiva: o que os pais precisam saber?". Imperdíveis ambos. 

Espero que gostem! Eu volto! ;)

Andréa

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Recomeçando os trabalhos!



FELIZ ANO NOVO, de novo!!! :D E já que começou 2015, e eu estou cheia de planos para este espaço, nada como fazer uma reapresentação dele para quem está chegando (ou vai chegar), certo? ;)

Aqui é um espaço onde faço de tudo um pouquinho (e ultimamente tem sido bem pouquinho mesmo, mas vou mudar essa história)... aqui eu escrevo, posto meus scraps, divulgo minha loja virtual, mostro os escritos de meus pais (ele na prosa e ela na poesia)... mas para este ano novo, quero muito, muito, muito mais! Quero falar mais sobre inclusão, divulgando bons materiais que for "pescando" por aí, quero compartilhar textos de outros autores sobre qualquer tema relevante, quero escrever mais sobre os mais diversos assuntos, quero dar boas dicas para você de tudo que eu julgar interessante... enfim... quero um bocado de coisa, falta SÓ eu conseguir! Bom, eu prometo que vou tentar!!! E o primeiro passo está sendo dado agora!!! 

Na parte superior do blog existem cinco links: Home, Assine, Arquivos e Contato. O primeiro, claro, volta à página inicial do blog. O segundo permite que você se inscreva em um grupo do Yahoo para receber um aviso por email sempre que eu postar algo aqui. Arquivos vai lhe direcionar para uma pasta no 4Shared com alguns arquivos que considero interessantes para compartilhar. E por fim, Contato, tem um link para o meu email.

Abaixo do logo você encontra outros links: Projeto52, Pedaços, Scraps e Scraps By Andrea. Os três primeiros direcionam você para álbuns dos scraps digitais que crio. Projeto52 é um projeto anual, onde crio uma página por semana, com algo que tenha sido interessante para mim. O link ainda está direcionando para o projeto de 2014, porque ainda faltam alguns scraps para finalizá-lo, espero conseguir ainda essa semana! Pedaços é um projeto de páginas criadas para trechos de música, poesia, textos, etc. Pedaços, como o nome diz, e está em constante atualização. Este scrap que ilustra o post, por exemplo, está lá! ;) E os Scraps que não fazem parte de nenhum projeto estão no terceiro link. O último link, Scraps By Andrea vai lhe direcionar para a minha loja virtual, onde personalizo os mais diversos itens! Espero sua visita lá! ;)

Descendo mais um pouco você encontra, do lado esquerdo, resumos dos tópicos mais recentes. E, do lado direito, um moooooooonte de coisinhas... :) Primeiro, uma pequena apresentação minha. Logo abaixo, uma caixa de pesquisa para que possa encontrar algo já publicado aqui no blog. Depois, do lado esquerdo coloquei alguns links sobre inclusão, as páginas das minhas chefinhas de scrap, galerias onde os scraps são divulgados, os projetos52 dos anos anteriores, além de algumas referências de páginas ou projetos já concluídos. E, do lado direito, um formulário de contato, para aqueles que não querem mandar email diretamente, seguida de diversas opções para seguir o blog, para quem preferir não participar do grupo do Yahoo.

Por fim, na parte de baixo do blog mantenho sempre uma frase para reflexão, acompanhada de alguns links voltados ao tema do espiritualismo, o arquivo do blog, para quem quiser navegar naquilo que já foi publicado, e os marcadores, se quiserem dar uma filtrada por determinado assunto.

Ufa! Bastante coisa, hein??? :D Mas, agora que já conhece o espaço, espero que fique por aqui! E que contribua com seus comentários também, por que não? É sempre bom receber mensagens dos amigos! ;)

E vamos que vamos, porque 2015 acabou de chegar e tem muita coisa boa ainda para acontecer! ;)

Eu volto!!!

Andréa

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