domingo, 8 de maio de 2011

Tristeza...

Luto, tristeza, saudade... tudo o que mais temia se concretizou na sexta-feira. Apesar de ter mostrado melhora, apesar de confiante em sua recuperação, uma parada cardíaca levou meu pai... não consigo ainda mensurar o que estou sentindo. Dói demais, é um buraco monstro, um vazio imenso que fica. Não sei como vai ser daqui por diante, só sei que vou lutar, vou me reerguer, vou reaprender a viver sem a presença física dele, mas por enquanto está muito difícil.

Nós éramos muito unidos, nos falávamos várias vezes ao dia, "trocávamos figurinha" sobre todos os assuntos, não tínhamos segredos um para o outro... já me peguei várias vezes querendo ligar para ele, e é nessas horas que a dor vem com tudo, porque a "ficha cai" de novo. Mas ele era uma pessoa de uma Fé incomparável, de uma força imensa, que sempre me colocava para cima, e eu tenho que mostrar que aprendi a lição e que conseguirei dar a volta por cima. Como? Ainda não sei, a ferida está muito aberta.

Eu sei apenas que a festa em outros planos foi grande, porque estavam ali minha mãe, meus avós, alguns tios, primos, que certamente o receberam com o maior carinho. Mês que vem faz dez anos de minha mãe, e pelo visto eles quiseram comemorar a data juntos...

Não me revolto, ao contrário. Agradeço a Deus o fato de tê-lo levado sem sofrimento, sem dores, porque seria terrível ver meu pai sofrer. Mas uma alma linda como a dele devia ter seus merecimentos, e ele foi abençoado com uma partida tranquila. Sei que está em paz e feliz rodeado daqueles que ama. Agora tenho que conseguir me fortalecer para que ele não se preocupe comigo e possa seguir seu caminho de luz com tranquilidade.

Andréa

9 comentários:

Lisiane Mellegari disse...

Andréia, sinto muito sua separação. Seu entendimento sobre certas coisas, com certeza irá acalentar seu coração. Fique bem, em paz e segura de que ele está bem. Fique com Deus e se precisar conversar, sabe onde me encontrar.
Beijos e um super abraço!

8 de maio de 2011 às 09:19
Magali Del Vecchio disse...

Querida amiga, quase que sinto o vazio e a dor que sente, pois já passei por isso : e conhecendo seu pai como eu conhecia nem sei o que te dizer. Você realmente tem que ser muito forte de agora em diante. Você sabe que gostaria muito de estar com você nesse momento de dor, mas ... Saiba que estou com você todos os momentos em coração e oração. Sempre que precisar, conte comigo e me ligue. Beijo e abraço forte. Estou com você. Magali

8 de maio de 2011 às 11:05
marco antônio de carvalho disse...

Minha cara, entrei em contato o mais breve possível. solidarizo com sua dor, trazendo comigo a certeza de que você manterá em seu coração o campo fértil para o florescer da semente da compaixão por todos aqueles que padecem (você há muito já compreendeu sua missão nesse Mundo). Hoje pela noite, em mais um evangelho no lar, vibrarei muita luz por todos vocês, em especial por seu pai. Deixo-a com Drummond, apra quem 'ausência não é falta porque na falta não há ausência, ausência é o estar para sempre dentro da gente'. Que importam as cinzas se a chama foi alta e bela?!!! Muita luz, hoje e sempre!

8 de maio de 2011 às 12:02
Jaque disse...

Puxa, Andréa. Estou sem palavras. Sempre senti esta forte união entre vocês... Que Deus te dê forças, sempre.

8 de maio de 2011 às 20:57
Virgilio Freire disse...

Andréa, sou amigo de su pai desde a faculdade, nossa querida turma da EPUC 67. Éramos tão ligados que o local de estudo sempre era na casa do Ronaldo, na avenida Atlantica. Trabalhamos juntos no CETUC, depois na LASA, para onde eu ia dava um jeito de levá-lo também, tão forte era nossa ligação. Posso dizer que éramos irmãos. Confidentes, parceiros. Amigos de alma.
A tristeza que sinto é imensa, é uma parte de mim que se foi, e compartilho com você a sua tristeza. Como sou Zen Budista, tenho a plena certeza de que o karma dele é muito muito positivo, e que renascerá em um nível de iluminação muito superior.
Um beijo carinhoso do amigo
Virgilio

10 de maio de 2011 às 12:00
Antonio Lucio disse...

Andrea
Fui colega de seu pai na Telesp. Guardo bons momentos de convivência com ele, educado,leal, honesto e íntegro.
Vejo que ele transmitiu tudo isso a você, e que seguramente está feliz com suas manifestações de amor.
Meus sinceros votos de amizade.
Antonio Lucio Sana

10 de maio de 2011 às 16:36
Anônimo disse...

Andrea,
Também fui colega de seu pai na Telesp.
Sinceros sentimentos.
Fique com Deus.

Uelson Mario Chaves

10 de maio de 2011 às 23:03
Diác. Paulo Roberto de Oliveira disse...

Andrea,
Fui colega, e posso dizer amigo, de seu pai na Telesp. Entrevistado e contratado por ele em 76, tivemos uma relação de chefe/funcionário muito rica. Uma pessoa honesta, amiga, divertida e sincera, que tenho em minha memória, em meu coração, e em minhas orações.
Você foi muito feliz quando diz sobre o sentimento causado pela ausência física de seu pai, pois as virtudes do Ronaldo estão grafadas em nossas vidas, mantendo-nos sempre crentes em uma vida na terra onde corre leite e mel.
Deus a abençoe!

Diác. Paulo Roberto de Oliveira

11 de maio de 2011 às 20:15
Maria Alves disse...

Andréa,
Trabalhei com seu pai na Telesp, foi um chefe maravilhoso! Uma pessoa calma.... compreensivo, amigo, foi uma época muito boa de minha vida... Sinto muito pela partida de seu pai, já passei por isso e sei a dor que voce está passando... Mas, Deus é o Senhor de tudo, só Ele sabe a nossa hora e só Ele a confortará e, com certeza o fará... Ffique na paz do Senhor onde seu pai com certeza se encontra.
Fique com Deus.

11 de maio de 2011 às 23:39

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