Calendário Happy Down 2012

Você é o nosso convidado especial para o lançamento do tradicional Calendário Happy Down 2012.

Esta edição contou com a participação de garndes nomes da televisão brasileira juntamente com crianças com síndrome de Down, visando mais uma vez abordar a importância do respeito a diversidade humana.

Tirando o custo, o lucro gerado pela venda do calendário é direcionado ao Grupo Síndrome de Down do Hospital Infantil Darcy Vargas, que auxilia mais de 12o famílias carentes.

Lançamento RJ 26/Nov
Livraria Cultura
Estrada da Gávea, 899 – Lojas 201,202 e 204
22610-001 – São Conrado – Rio de Janeiro – RJ

Lançamento SP 27/Nov
Livraria Cultura
Av. Dr. Chucri Zaidan, 902
04583-903 – Vila Cordeiro – São Paulo – SP

Lançamento DF 03/Dez
Livraria Cultura
SHINCA 4, Lote A
71503-504 – Lago Norte Brasília

* embelezando o convite, Paula Werneck e Fernanda Honorato, lindas demais da conta!

Andréa

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Inclusão JÁ!

A publicação do Decreto 7611/2011 dia 18/11/2011, revogando o Decreto 6571/2008, vem se contrapor a tudo o que havia sido conquistado com relação à Educação Inclusiva. Um retrocesso que, ainda que não possa contrariar os preceitos constitucionais, abre brechas inaceitáveis. O texto abaixo, de Claudia Grabois esclarece os detalhes:

O Decreto 6571/08, durante os últimos três anos, foi instrumento poderoso para a efetivação da educação inclusiva. Além de dispor sobre o Atendimento Educacional Especializado, destinava recursos para a equiparação de direitos na sala de aula com a dupla matrícula no âmbito do Fundeb dos estudantes público alvo da Educação Especial matriculadas no AEE no período oposto ao da escolarização. Ou seja, garantia a oferta do AEE em Salas de Recursos Multifuncionais na própria escola ou em outra escola da rede de ensino, em centro de atendimento educacional especializado ou por instituições filantrópicas . O decreto permitiu que o AEE pudesse ser oferecido por instituições, valorizando assim toda a sua trajetória, e ressignificando o seu papel na sociedade.

No dia 18/11/2011 foi publicado no novo Decreto 7611/2011 que revoga o Decreto 6571/2008 é o Art. 8º que inclui e dá nova redação para o Art. 14 do Decreto 6253/2007 trazendo em seu texto o artigo 14, que segue abaixo

Art. 14. Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o cômputo das matrículas efetivadas na educação especial oferecida por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente. (Redação dada pelo Decreto nº 7.611, de 2011)

§ 1o Serão consideradas, para a educação especial, as matrículas na rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais ou especializadas. (Redação dada pelo Decreto nº 7.611, de 2011)

Desta forma o novo decreto permite que escolas especiais ofertem a Educação, sejam espaços segregados de escolarização regulamentados por Lei, ou seja, elas podem substituir a escolarização em classes comuns de escolas regulares; fato já superado no nosso país, que levou inclusive o Brasil a ser exemplo para o mundo pelos esforços para a garantia da educação para os alunos com Deficiência e total respeito ao artigo 24 da Convenção sobre os Direitos com Deficiência e demais preceitos constitucionais.
Os avanços promovidos pelo MEC através da SEESP/MEC-atual DPPE/SECADI/MEC- nos últimos 8 anos garantiram Direitos Humanos, garantiram que as pessoas com deficiência saissem da invisibilidade e se tornassem estudantes de classes comuns da escola regular e da Educação de Jovens e Adultos, e com rescursos destinados.

Ao mesmo tempo que foi lançado o Projeto "Viver Sem Limites", foi assinado o Decreto 7611/11 que restringe Direitos e viola os preceitos constitucionais, algo totalmente contraditório. Pois como garantir o exercício da cidadania sem o aprendizado da Escola onde estudam pessoas com e sem deficiência? Como fazer com que cultura da exclusão e a discriminação sejam extinta se são incentivadas pelo Governo? Como exercer plenamente a cidadania se espaços segregados são ligitimados e regulamentados como escola? Como evitar que pessoas com deficiência possam participar na sociedade de acordo com os 33 artigos de conteúdo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que tem equivalência de Emenda Constitucional?

Agora se faz necessário refletir e principalmente lutar para garantir que o artigo 14 não seja efetivado, simplesmente por ser Inconstitucional. Vamos trabalhar para que o Direito Inalienável à Educação não seja violado e para que os Preceitos Constitucionais continuem a ser devidamente respeitados.

Vamos enviar e-mails para a Presidência da República, para a Secretaria de Direitos Humanos, Ministério da Educação e exigir que respeitem os Direitos Fundamentais e não rasguem a Constituição Federal, e Educação é Direito Inalienável. Vamos ao Ministério Público Federal, vamos denunciar.

Educação só em classe comum de Escola Regular!! Matrícula computada em dobro pelo FUNDEB só para alunos de classe comum de escola regular!!

Vamos seguir lutando e vamos vencer! Junt@s Somos Fortes!

Somos bem mais do que 12.000. SOMOS UM!

Claudia Grabois
A FBASD (Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down) já emitiu nota de repúdio a esta publicação. Os sites Inclusão Já e Inclusive vêm publicando as matérias relacionadas. Não podemos nos calar.

Andréa

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Escritos, escritos...


Na última postagem, comecei a copiar textos de meu pai. Sempre gostei demais do que ele escrevia e vou compartilhar isso com vocês aos poucos. Mas não só ele tinha o dom da escrita. Minha mãe era poetisa, desde menina. Seus versos são lindos, intensos... Ainda bem que o caderno dela foi salvo da enchente!!! :D É um tesouro que guardo com o maior carinho!!! Então, nada mais justo do que também usar esse espaço para divulgar esta artista e seus poemas, né? ;)

Para começar, um acróstico que ela fez para mim quando eu nasci... e que de tanto que gosto, sei de cor! :D

Andréa filha querida...
Nascestes de minha vida,
Do amor, da dor, da alegria...
Recolhida em meu regaço,
Eu recebi em meus braços,
A vida que me sorria

Ela escreveu muitas outras para mim, outras tantas para o meu pai, para minha irmã, para assuntos os mais diversos... meu avô chegou a divulgar parte deles na revista espírita "O Reformador", da qual era colaborador.

Esta outra poesia sempre foi uma de minhas favoritas quando menina, pela leveza e pela graça que traz. Ela escreveu para meu pai, que foi seu professor particular de matemática antes de começarem a namorar. A data da poesia é julho/75, quando já estavam casados há sete anos.

MEU PROFESSOR
(Solange Tikhomiroff)

Certa vez eu tive um professor...
Ele ia em casa de meus pais
Ensinar-me com todo o seu calor,
A matemática de todos os meus "ais"

Ele era belo e imponente,
Tinha a voz doce e equilibrada,
Confundia muito a minha mente
E me ensinava a raiz quadrada...

Não sei como aprender eu conseguia,
Perturbada do jeito que ficava...
Quadrado e círculo eu confundia,
Todas as vezes que ele falava...

E um dia a aula fracassou...
Nossos olhares vieram a se encontrar,
Seu carinho ele me confessou,
E desde então só me ensinou a amar!

É... eu devo ter puxado deles o gosto pela escrita! :D Ainda que não possa comparar meu talento ao deles, sempre gostei demais de escrever, e faço isso sempre que tenho oportunidade! Bom... esse blog é prova disso! ;)

Eu volto!

Andréa

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6 meses...

Há exatos seis meses aconteceu aquilo que eu mais temia... após um curto período meio adoentado, enfraquecido por algo que, oficialmente, nem foi diagnosticado, meu pai se foi ao encontro de minha mãe. Uma dor tão grande, um vazio tão imenso, que me deixou sem chão, sem rumo.

Seis meses se passaram e, aos poucos, a vida vai voltando ao seu ritmo normal. O apoio e o carinho dos amigos têm sido fundamentais, porque me ajudam a não arriar. Meu pai não gostaria de me ver para baixo! Pois se era ele o primeiro que, ao notar qualquer sinalzinho de preocupação, medo, tristeza ou qualquer outro sentimento assim, tudo fazia para me animar!

Seis meses... a gente vai, devagar, acostumando com a ideia, com a ausência... buscando preencher os espaços de alguma maneira. Mas a saudade... ah... essa não tem como controlar! Essa não passa, não acaba!

O que me conforta é saber (e acredito mesmo nisso) que ele está bem, junto de minha mãe. A saudade dela também é imensa, mas percebo que, diante da ausência de meu pai, a dela já está mais cicatrizada. O que não significa que não doa, é claro. Mas a saudade dele... ainda machuca demais!

Ai, pai... como eu queria poder voltar no tempo, mudar a história, poder ter você comigo outra vez! Como eu queria poder lhe abraçar de novo, ter meu companheiro de papo, meu ombro, meu colo, fosse por e-mail, telefone ou ao vivo... como eu queria meu "Severino quebra-galho", reclamando da minha exploração... como eu queria meu "paiaço", falando bobagem, fazendo eu dar risada! Como eu queria ter você aqui de novo!!! Amo tanto você, pai... tanto... fique bem, e feliz. Porque eu vou conseguir dar a volta por cima, cicatrizar essa ferida, e ser feliz também.

E, em homenagem a meu pai, vou começar aqui a postar mensalmente textos que ele deixou. Textos que escreveu para jornais de bairro na época que tínhamos a loja, e que juntou em um livro, ao qual intitulou "Vida... reflexões sobre o ser humano pelo prisma esotérico", nunca publicado. Mas são textos ainda muito atuais, que não merecem ficar esquecidos. Começarei com um de seus favoritos, "Um Pequeno Pardal". Espero que apreciem! ;)

UM PEQUENO PARDAL
Ronaldo Tikhomiroff

Existem momentos na vida em que nos sentimos desorientados, sem rumo, perdidos em uma série de fatos que nos levam a refletir sobre o que realmente está nos acontecendo e que caminho tomar. Todos nós passamos por isso.

Amigos nos aconselham, parentes nos confortam, todos procuram nos mostrar a saída, e nada...

Vasculhamos nossos sentidos, pesquisamos nossa mente, procuramos raciocinar e só vemos uma perspectiva: a mais cômoda, a mais imediata, a mais direta...o óbvio.

Eis que dia desses estive assim, como que perdido em meus pensamentos, procurando ordenar minhas idéias e traçar meus objetivos. Ansiava por uma solução imediata. E nada!

De repente, entra loja adentro um amiguinho alado: um pequeno pardal. Voou direto para o fundo da loja, cerca de vinte metros, atraído talvez pelas plantas e pelo teto de vidro, e lá pousou sobre as samambaias. Parecia perdido como eu.

Daquele local não mais saía, voando de planta em planta, sem encontrar seu rumo para a liberdade. Depois de um bom tempo, descansou sobre as plantas, de bico aberto. Parecia haver desistido de continuar tentando descobrir a saída.

Todos nós, preocupados em salvar o pequeno pássaro, procurávamos guiá-lo para a porta da loja, escancarada lá na frente, a vinte metros de distância... Mas o pardalzinho parecia não entender. Tentamos pegá-lo com as mãos para levá-lo para fora, mas ele não permitia...procurava aquietar-se como que aguardando novas forças para uma nova tentativa, ou apenas uma orientação...

Quando já estávamos desistindo de tentar ajudá-lo, ele alçou vôo em direção inesperada: direto para a janela basculante da cozinha, a apenas quatro metros de onde se encontrava, dali alcançando os ares e sua liberdade.

Não foi uma fábula nem um conto infantil. Um fato real que merece pensarmos a respeito: nem sempre a solução para nossos problemas está à nossa frente, nem sempre é o caminho mais óbvio. Ainda que amigos nos tentem ajudar, ainda que nos estendam as mãos, está dentro de nós, através de nossa própria aspiração, sem que procuremos a lógica e a razão para nos guiar, o caminho que devemos seguir.

Se deixarmos que nossa aspiração mais intima se faça sentir, por certo daremos o passo correto na vida, pois ela vem de estados sutis, onde nossa mente não tem poder de interferir. É a libertação do livre-arbítrio, tão necessária nos dias de hoje.

Estávamos a indicar um caminho para nosso querido pardal. Com todo afeto e amor. Porém estávamos sendo guiados por nosso raciocínio, mostrando o caminho que diariamente repetíamos, indo e vindo ao longo da loja. Para o pequeno pássaro, não lhe interessava percorrer a loja, pois só havia entrado para estar com as plantas. Interessava apenas SAIR daquele espaço fechado pelo caminho mais curto. Para sua aspiração, aquilo era o ÓBVIO!

E eu? Deixei de me preocupar com as soluções racionais para aquilo que me afligia. Ouvi com toda atenção e amor tudo aquilo que amigos me diziam, pois a intenção era boa. Porém deixei que minha aspiração me comandasse...e estou descobrindo meu caminho. Obrigado, amiguinho!

Eu volto...

Andréa

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